Dentre as mil e uma coisas que eu detesto e me irritam está o fato: chamar atenção!
Não eu, lógico, faço parte da paisagem.
Mas a absurda necessidade que algumas pessoas tem de sempre quererem e fazerem de tudo pra estar em foco. O pior é que não tentam chamar atenção fazendo algo construtivo - o que é impossível já que pessoas inteligentes não tendem a fazer esse tipo de coisa -, estão sempre fazendo besteiras, burradas e me irritando bastante.
Analise a seguinte situação:
Joãozinho está jogando bola com os amiguinhos da rua. Pedrinho faz um gol e é aplaudido pelos companheiros de seu time e até do time adversário por ter feito um belo gol. Joãozinho é do time de Pedrinho. Mas o explêndido gol de Pedrinho o fez ficar em evidência. Joãozinho não gostou disso. Joãozinho então querendo estar no centro das atenções continua a jogar bola e finge cair machucando "gravemente" o tornozelo. Logo, todos os seus amiguinhos e pessoas que assistiam foram acudir Joãozinho.
Concluímos que:
1 - Ora, que coisa feia Joãozinho, deixa o Pedrinho brilhar, ele ao menos foi mais inteligente que você.
2 - Precisava disso? Fingir que caiu e machucou o tornozelo? Era só fazer, ou tentar fazer, um gol melhor que o de Pedrinho.
Tenho que adimitir que Joãozinho é muito mais inteligente que muitas pessoas que observo. Ai se as coisas fosse do meu jeito.
Sempre soube que não viveria muito, talvez só o bastante pra realizar um grande feito, algo que fará as pessoas lembrarem de mim daqui a 50,80,200 anos.
O mais angustiante e irritante é hoje, aos 16 anos, eu ainda não saber o que quero. Na verdade eu sei, mas tenho medo de ir atrás do que quero e constatar que o que eu quero, agora, é bobagem. Porque é sempre assim, quando consigo algo que quero muito, com o tempo - pouquíssimo tempo, devo ressaltar -, acabo enjoando e deixando de lado.
Por exemplo, no momento estou tentando escrever um livro. Tenho o roteiro perfeito, as personagens perfeitas, um final explêndido e diálogos interessantíssimos, praticamente um Best Seller! Algo me impede de escrevê-lo, talvez eu deva tentar escrevê-lo em primeira pessoa? É, talvez.
O mais engraçado é que a única coisa que me empurra pra frente são as frases do orkut, porquê coincidentemente ou não (destino?) elas me dizem o que devo saber agora.
A de hoje é: Se o destino diz que você é um perdedor, pregue uma boa peça nele
terça-feira, 22 de setembro de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Ilustrando Devaneios - Dominique
Faz mais de vinte e quatro horas que não o vejo. Sinto o cheiro da água da chuva, que caiu na sexta-feira passada, misturado com a ferrugem do portão. Lembro de ter que fazer os exercícios da página cinqüenta à cinqüenta e seis do livro de português para entregar na segunda que vem, e, ainda ouço, há quarenta minutos, a empolgante Fly On The Wall sem parar na minha cabeça. Mas não o vejo, em nenhum canto dos meus esquisitos pensamentos vejo o cara que fitava intensamente, sem se importar com nada à sua volta, a densa camada de água que caía sobre sua metrópole. Só o vi duas vezes, ontem e em um sonho que tive há algum tempo.
Seis minutos depois, ao som de Poppin' Champagne, uma voz - agora irritante - me faz ficar alerta.
Dominique, Dominique... tá me ouvindo?
- Ah, oi. Desculpe, o que disse? - perguntou.
Dominique? É esse o nome do estranho aparentemente individualista? A voz de "Dominique" não me é famíliar.
- Não disse nada, é justamente isso que gostaria de falar. Olha, só nos conhecemos há poucas semanas mas depois daquela confusão com...
- Eu sei como nos conhecemos Margari, não precisa me lembrar. - ele diz numa voz monótona. Eu ri, ele é meio esquentado.
- Não precisa ser grosso, é que só queria ajudar e parecia que você queria alguém pra conversar então... - sugeriu Margari.
- Não preciso de ajuda. - ele a deixa parada, estática, com tamanha falta de cordialidade e segue a passos rápidos para longe da mulher curiosa de voz irritante.
O corredor é extenso, espelhos de todas as formas e diversos tamanhos prenchem as paredes de tom pastel. Das três portas ele entra na última a batendo ruidosamente. Margari - até então esquecida por mim - vai até a porta e o ameaça dizendo que se não abrisse ela chamaria reforços e a porta iria ao chão. Me questiono sobre a relação, tanto antes como durante a tal confusão, dos dois. Eles não se conhecem há muito tempo, logo, ela não é irmã nem da família. Ele exagerou quando quis deixar claro que não era problema dela o fato dele não estar prestando atenção enquanto conversavam. Então, namorados eles não são.
Me frustra o fato de não poder entrar na minha imaginação, ah é, se isso fosse mesmo minha imaginação eu estaria lá sim, entraria e sairia daquele pequeno apartamento e perguntaria - ou tentaria - a Dominique o porque dele ser quieto e pensativo. Provavelmente algum trauma de infância, problemas com a família ou no seu relacionamento amoroso, no trabalho, com esses vizinhos, vai saber. Ou pode ser a tal Margari, ela parece ser daquele tipo que tentar ajudar as pessoas apenas para saber mais da vida alheia, assim como fazem suas vizinhas idosas.
Seis minutos depois, ao som de Poppin' Champagne, uma voz - agora irritante - me faz ficar alerta.
Dominique, Dominique... tá me ouvindo?
- Ah, oi. Desculpe, o que disse? - perguntou.
Dominique? É esse o nome do estranho aparentemente individualista? A voz de "Dominique" não me é famíliar.
- Não disse nada, é justamente isso que gostaria de falar. Olha, só nos conhecemos há poucas semanas mas depois daquela confusão com...
- Eu sei como nos conhecemos Margari, não precisa me lembrar. - ele diz numa voz monótona. Eu ri, ele é meio esquentado.
- Não precisa ser grosso, é que só queria ajudar e parecia que você queria alguém pra conversar então... - sugeriu Margari.
- Não preciso de ajuda. - ele a deixa parada, estática, com tamanha falta de cordialidade e segue a passos rápidos para longe da mulher curiosa de voz irritante.
O corredor é extenso, espelhos de todas as formas e diversos tamanhos prenchem as paredes de tom pastel. Das três portas ele entra na última a batendo ruidosamente. Margari - até então esquecida por mim - vai até a porta e o ameaça dizendo que se não abrisse ela chamaria reforços e a porta iria ao chão. Me questiono sobre a relação, tanto antes como durante a tal confusão, dos dois. Eles não se conhecem há muito tempo, logo, ela não é irmã nem da família. Ele exagerou quando quis deixar claro que não era problema dela o fato dele não estar prestando atenção enquanto conversavam. Então, namorados eles não são.
Me frustra o fato de não poder entrar na minha imaginação, ah é, se isso fosse mesmo minha imaginação eu estaria lá sim, entraria e sairia daquele pequeno apartamento e perguntaria - ou tentaria - a Dominique o porque dele ser quieto e pensativo. Provavelmente algum trauma de infância, problemas com a família ou no seu relacionamento amoroso, no trabalho, com esses vizinhos, vai saber. Ou pode ser a tal Margari, ela parece ser daquele tipo que tentar ajudar as pessoas apenas para saber mais da vida alheia, assim como fazem suas vizinhas idosas.
Ilustrando Devaneios
Tenho a sua atenção? Obrigada.
Tento contar uma grande história mas só saem pequenos trechos, tenho escrever pequenos trechos e só saem algumas frases, há pouco tentei pequenas frases e relatei devaneios que na verdade são memórias irreais. A complexidade das minhas anotações não é incoerência, acredito que mudanças constantes de humor e pensamentos que tanto afligem pessoas como eu, se isso tiver nome, se assemelha a bipolaridade.
Para provar tamanha descrença que provavelmente você terá após ler esse pequeno parágrafo, eis um pequeno relato:
Neste exato momento, em algum lugar muito distante da minha sempre criativa imaginação, um certo alguém que não consigo identificar está sentado sobre o parapeito de uma antiga janela num dia nublado contemplando a densa camada de água que cai sobre sua grande metrópole. Ele(a) sente-se sozinho(a), como se fosse o único ser vivo na superfície - pelo menos até onde sua vista alcança -, e, embora esteja rodeado de vizinhos e conhecidos que preparam uma festa de boas vindas para o amigo de algum deles, ele(a) não se importa, afinal só será mais um que passará momentaneamente quase despercebido na sua vida. Ele(a) sabe que o sujeito que está se mudando para casa do seu conhecido só mora há duas ruas dalí e que, à essa altura já sabe da tal festa, graças as fofocas daquelas tão comuns senhoras que não conseguem preservar um segredo até a hora em que avistam algum inocente ou à alguma outra de sua espécie.
Ouve seu nome ser chamado e olha na direção da bela moça que sorri amigavelmente. Agora o reconheço, ele esteve em um dos meus sonhos, chega a ser patética a minha conclusão, mas se ele está em um ponto fixo da minha mente é porque já o vi em algum lugar, mesmo que em algo tão simbólico quanto um sonho. Ele não sorri, não demonstra nenhuma emoção, só diz numa voz monótona "Quer a minha ajuda?", então a mulher já então acostumada com a falta de interesse do rapaz, para com tudo e todos, responde não mais amigavelmente e seu tom chega a ser hostil "Não, só queria saber se você ainda estava respirando". Dá de ombros e volta a fitar a chuva, e eu me pergunto, será que ele também olha sem realmente enxergar? Talvez ele seja como pessoas iguais à mim, pessoas que de tão sonhadoras e expeculativas que são, chegam a parecer esquizofrênicas e paranóicas; imaginando e criando teorias sobre o mundo - o nosso próprio - fazer um outro tipo de rotação em algum outro sistema no qual o Sol não é uma estrela nem o centro de tudo. Pensando bem não há e nunca haverá uma estrela, nesse mundo só há nós mesmos no centro de tudo, somos o sol e é você quem seguirá uma órbita à nossa volta. Egoísmo? Não, acredito que não, talvez algum especialista em determinada área de saúde deva explicar bem que tipo de pessoas somos.
Ele continua a olhar intensamente a chuva não mais tão forte como antes e eu continuo a observá-lo.
Tento contar uma grande história mas só saem pequenos trechos, tenho escrever pequenos trechos e só saem algumas frases, há pouco tentei pequenas frases e relatei devaneios que na verdade são memórias irreais. A complexidade das minhas anotações não é incoerência, acredito que mudanças constantes de humor e pensamentos que tanto afligem pessoas como eu, se isso tiver nome, se assemelha a bipolaridade.
Para provar tamanha descrença que provavelmente você terá após ler esse pequeno parágrafo, eis um pequeno relato:
Neste exato momento, em algum lugar muito distante da minha sempre criativa imaginação, um certo alguém que não consigo identificar está sentado sobre o parapeito de uma antiga janela num dia nublado contemplando a densa camada de água que cai sobre sua grande metrópole. Ele(a) sente-se sozinho(a), como se fosse o único ser vivo na superfície - pelo menos até onde sua vista alcança -, e, embora esteja rodeado de vizinhos e conhecidos que preparam uma festa de boas vindas para o amigo de algum deles, ele(a) não se importa, afinal só será mais um que passará momentaneamente quase despercebido na sua vida. Ele(a) sabe que o sujeito que está se mudando para casa do seu conhecido só mora há duas ruas dalí e que, à essa altura já sabe da tal festa, graças as fofocas daquelas tão comuns senhoras que não conseguem preservar um segredo até a hora em que avistam algum inocente ou à alguma outra de sua espécie.
Ouve seu nome ser chamado e olha na direção da bela moça que sorri amigavelmente. Agora o reconheço, ele esteve em um dos meus sonhos, chega a ser patética a minha conclusão, mas se ele está em um ponto fixo da minha mente é porque já o vi em algum lugar, mesmo que em algo tão simbólico quanto um sonho. Ele não sorri, não demonstra nenhuma emoção, só diz numa voz monótona "Quer a minha ajuda?", então a mulher já então acostumada com a falta de interesse do rapaz, para com tudo e todos, responde não mais amigavelmente e seu tom chega a ser hostil "Não, só queria saber se você ainda estava respirando". Dá de ombros e volta a fitar a chuva, e eu me pergunto, será que ele também olha sem realmente enxergar? Talvez ele seja como pessoas iguais à mim, pessoas que de tão sonhadoras e expeculativas que são, chegam a parecer esquizofrênicas e paranóicas; imaginando e criando teorias sobre o mundo - o nosso próprio - fazer um outro tipo de rotação em algum outro sistema no qual o Sol não é uma estrela nem o centro de tudo. Pensando bem não há e nunca haverá uma estrela, nesse mundo só há nós mesmos no centro de tudo, somos o sol e é você quem seguirá uma órbita à nossa volta. Egoísmo? Não, acredito que não, talvez algum especialista em determinada área de saúde deva explicar bem que tipo de pessoas somos.
Ele continua a olhar intensamente a chuva não mais tão forte como antes e eu continuo a observá-lo.
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