domingo, 20 de maio de 2012

LEV - Laboratório Reitor Eugênio Veiga

Foto: Maiara Alves

Estudando horrores e sem tempo como sempre, por isso o blog anda com teias de aranha e às moscas, mas as férias estão chegando e terei mais tempo pra escrever. Bom, acho que devia mudar o título do blog pra história-e-alguma-coisa porque definitivamente cinema e literatura não estão mais tão presentes na minha vida como antes haha. Além de estudar pra caramba, visitei uns museus recentemente e anteontem o laboratório onde estão alguns documentos e arquivos eclesiásticos das irmandades de Salvador e de algumas freguesias de outrora. Meu caderninho laranja, minhas canetas coloridas e minha câmera me acompanharam - como sempre -, e tô pensando seriamente em jornalismo por isso.

É muito difícil ser historiador num país que não valoriza sua História e onde a profissão oficialmente não existe, mas apesar dos obstáculos os  poucos que conseguem fazê-lo se saem muito bem. Um dos principais obstáculos é a falta de fonte escrita, os documentos, que são jogados fora por instituições devido a negligência dos órgãos governamentais; outra é a falta de investimento na restauração dos poucos documentos ainda existentes, o que contribui para a escassez de informações e possíveis esclarecimentos da misteriosa História do Brasil.

O LEV (Laboratório Reitor Eugênio Veiga) foi fundado em 2002 e possui a guarda temporária dos arquivos da Igreja Católica. Lá, os profissionais (arquivistas, historiadores e restauradores) resgatam documentos, os restauram, ficha-os e os estuda para que nós, historiadores, ou qualquer outro profissional interessado, possamos estudar e/ou consultar estes raros e poucos documentos. O documento mais antigo, até hoje, que o LEV possui data de 1588 e não lembro nem escrevi sobre o quê se trata haha; o LEV também possui os Livros de Devassa, o que o Brasil teve de mais próximo de uma Inquisição. 

Foto: Maiara Alves
Foto: Maiara Alves
Foto: Maiara Alves
Foto: Maiara Alves
Foto: Maiara Alves
Foto: Maiara Alves

Equipamentos, produtos químicos, paixão e muita força de vontade são usados na restauração de documentos. É preciso conscientizar essas instituições para a importância desses documentos, assim como os profissionais de arquivos, pois o que parece um monte de papel velho são nossas memórias e instrumentos importantíssimos para o trabalho de muitos profissionais bem como para a diminuta parcela da população que se interessa pela nossa história, nossas memórias. Bom, filmei alguma coisa que a profª Ana Maria nos explicou, ela é especialista em restauração não só de documentos, como também monumentos e objetos de arte.














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