domingo, 22 de abril de 2012

James Cameron - Titanic

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Titanic
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Ano: 1997/EUA
Gênero: Drama
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Gloria Stuart

Sinopse: Um rapaz e uma garota de diferentes classes sociais se encontram durante a viagem inaugural e fatídica do transatlântico RMS Titanic.

Foto: Maiara Alves
OpiniãoAs coisas que lemos, ouvimos e falamos na infância ficarão pra sempre marcadas na nossa memória e, não importa o quão feliz estejamos em nossa vida atual, a infância sempre será a época mais feliz da nossa vida. Nos meus dezenove anos foi o filme que mais vi e, pelo menos não me recordo, nunca percebi o que estava por trás da linda história de Jack e Rose: a crítica entre o grupo social explorador e o grupo explorado. Não importa o quanto o filme seja trolado, sempre terei um carinho muito grande por ele e fiquei superfeliz em ter a oportunidade de vê-lo no cinema no dia do centenário do fatídico naufrágio.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Eu tinha cinco anos de idade no ano de estréia do filme, em 1997, e não lembro exatamente quando foi o meu primeiro contato com a obra – talvez meus pais tenham locado, não sei. Lembro apenas que gravei em VHS quando passou pela primeira vez na Globo, em 2000 se não me engano, e de vê-lo sempre a ponto de saber todas as falas e cenas de cor, e de quase sempre me emocionar quando Jack morre. Bom, fiquei muito feliz de poder ver o meu filme preferido na telona e mesmo sendo com o terrível 3D valeu a pena. Assim como “Capitu traiu ou não traiu Bentinho” de Dom Casmurro, nunca prestei atenção à real intenção do escritor e diretor James Cameron por trás da linda&fofa&meiga&perfeita ♥_♥ história de Jack e Rose: pobresxricos!

Depois de doze anos vendo este filme com uma freqüência, talvez, vergonhosamente absurda nunca tinha prestado atenção a isso e confesso: é culpa da história (e de muitos sábados no Lemarx haha)! Ou talvez essa falta de censo crítico tenha sido culpa do fato de, toda vez, assistir com os mesmos olhos de quando ainda era criança, ou seja, inocentemente. Bom, os cortes de uma cena pra outra quando o navio ainda está começando a afundar são gritantes, quase consigo ouvir Cameron gritando: VEJAM COMO SÃO AS COISAS, VEJAM COMO UNS SÃO EXPLORADOS PRA OUTROS VIVEREM CONFORTAVELMENTE, VEJAM COMO ESSES MER#@S OSTENTAM SUA MAIS-VALIA. Bom, foi o que eu ouvi, pela primeira vez, sábado passado (sábado passado e só consegui tempo pra comentar hoje, sério!).

Lembro de sempre ter pensado que o homem e a mulher mais lindos fisicamente no mundo eram Jack e Rose – que eu não sabia se chamarem Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, na verdade eu pensava que eles eram um casal de verdade e fiquei chocada quando, na época, soube que “Jack” namorava Gisele Bundchen haha bons tempos! Detesto 3D, mas ver o filme na telona e com esse recurso nos permite ver alguns detalhes que não é possível numa tela de 32” como, entre outras coisas, a renda do vestido que a Rose está usando na cena do primeiro beijo, ou o lindíssimo e deslumbrante “quarto” também dela e de Cal. 

Ia escrever mais coisas, mas tô com pressa... só tive tempo de escrever hoje =/
Este semestre está tenso demaaaais, vou ter um ataque qualquer dia desses.

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domingo, 15 de abril de 2012

Cao Hamburger - Xingu

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Xingu
Direção: Cao Hamburger
Roteiro: Cao Hamburger, Elena Soarez, Anna Muylaert
Ano: 2012/Brasil
Gênero: Drama
Elenco: João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat, Maiarim Kaiab, Awakari Tumã Kaiabi, Adana Kambeba, Tapaié Waurá, Totomai Yawalapiti

Sinopse: Os irmãos orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas resolvem trocar o conforto da vida na cidade grande pela aventura de viver nas matas. Para isso, resolvem se alistar no programa de expansão na região do Brasil central, incentivado pelo governo. Com enorme poder de persuasão e afinidade com os habitantes da floresta, os três se tornam referência nas relações com os povos indígenas, vivenciando incríveis experiências, entre elas a eterna conquista do Parque Nacional do Xingu.

Foto: Maiara Alves
Opinião: Ainda não estudei História Indígena, nem tampouco estudei na escola o Brasil de 1940-1960 (nem a ditadura, enfim a lista longa haha) e desconheço quase que totalmente assuntos relacionados à índios, então não posso falar com propriedade sobre o assunto, mas independente de saber ou não o filme fala por si quando mostra o quão ruim o homem é ao dizimar e desestruturar a estrutura de pessoas inocentes em prol de poder.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Acredito que a maldade das pessoas está em não se colocar no lugar do outro. Se nos colocássemos no lugar dos índios (ou de qualquer outro povo - como os africanos - colonizados) , se imaginássemos que aquelas pessoas podem ser nossa mãe, irmão, pai ou nós mesmos o mundo não seria tão horrível. Bom, eu chorei a metade do filme porque pensei exatamente isso. Imagina que você vive, superficialmente falando, sua vida com sua cultura particular, sua própria estrutura política e social, você não faz mal a ninguém (não tô dizendo que os índios são pacíficos, pelamor) e vem um(uns) louco(s) de poder a fim de explorar você e seu povo em busca de poder? É revoltante pra quem estuda isto, pra quem vê e pior ainda deve ser quem vivencia.


Mas de vez em quando, uma força superior põe pessoas boas e realmente bem intencionadas pra nos defender. Não sei o quão verídico é o filme e quais os reais objetivos dos irmãos Villas Bôas, mas é fato que eles contribuíram para a preservação dos nossos poucos nativos, dos verdadeiros donos desta terra. A fotografia é linda e pra mim é a cara do Brasil, um arquiteto famoso disse no Casa Brasileira, programa no canal GNT, que o Brasil é muito mais florestas do que praia e concordo totalmente. Quando penso no local que foi denominado Brasil - e que só foi Brasil de verdade nessa época, ou seja, só foi Brasil porque não havia interferência dos colonizadores - penso em florestas, nas praias sim, só que nestas praias tendo como orla estas florestas.


Não posso falar muito sobre o filme, mas recomendo não só por se tratar de um evento importante da nossa história, mas principalmente pra repensarmos nossos valores, pra vermos o quão ruim o ser humano é, do quanto ele capaz de fazer e, só por um momento, nos colocarmos no lugar dessas vítimas. Sim, eu ando muito deprimida. Quando você estuda história e começa a entender realmente a causa dos males da humanidade você perde totalmente as esperanças e, é nessas horas que precisamos nos agarrar a algum tipo de fé, a esperança de que o mundo não é tão ruim e que um dia isso vai mudar...


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sábado, 7 de abril de 2012

David Cronenberg - A Dangerous Method

Imagem: Google Imagens/Reprodução
A Dangerous Method
Direção: David Cronenberg
Roteiro: Christopher Hampton, John Kerr
Ano: 2011/Canadá-Alemanha-Suíça-Reino Unido
Gênero: Drama/Biografia
Elenco: Michael Fassbender, Keira Knightley, Vigo Mortensen, Vincent Cassel, Sarah Gadon

Sinopse: Dirigido pelo cultuado David Cronenberg, o longa é uma mostra de como a relação entre Carl Jung e Singmund Freud faz nascer a psicanálise. Aborda a intensa e polêmica relação da dupla com a paciente Sabina Spielrein. O filme foi exibido em primeira mão no Festival de Veneza de 2011 e conquistou uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante para Mortensen.  

Foto: Maiara Alves
Opinião: Keira Knightley, assim como Vincent Cassel, sabe escolher muito bem os filmes em que trabalha - e talvez este seja o maior privilégio de ser um profissional respeitado. Confesso que me disponho a ver seus filmes sem nem mesmo ver a sinopse e até hoje não me arrependi de nenhum. O cast é bom, e a direção também, e o filme apesar de ser comercial demais com certeza irá agradar os fãs eu de psicologia e psicanálise. 


Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
No século XIX, e início do XX, ataques de histeria eram comuns em mulheres, dizia-se que era uma doença ligada ao útero e psicológos (eram considerados psicológos na época?) antes mesmo de Jung e Freud desconfiavam de algo mais e tentavam dentro da psicologia curar a histeria. Keira Knightley é muito convincente ao mostrar esses ataques, tanto que no início do filme só de vê-la se contorcendo senti uma agonia horrível na coluna (o que isso quer dizer senhores psicanalistas? hahaha #medo). Não conhecia o trabalho de Fassbender e Mortensen, mas gostei muito e vou ficar de olho nos próximos. Sou apaixonada pelo Vincent Cassel, não sei se é a cara de bêbado e mau-caráter, ou o sotaque português fofo em À Deriva, anyway ele me atrai e também é um termômetro para bons filmes.


O ritmo fascinante do trailer não condiz com o do filme, talvez porque eu esperasse o mesmo efeito, dos sons dos objetos e da máquina de escrever, que o meu queridinho Joe Wright costuma fazer em seus filmes - por falar em Joe Wright e Keira Knightley: Anna Karenina estréia logo! Não agüento de ansiedade haha. A música do trailer, que está presente, se não me engano, nos créditos finais, é linda e esperava mais música no filme - o que aconteceu com aquela regrinha de que música também é um personagem e ajuda a contar a história? 


Trilhas sonoras que narram e atuam como personagens só nos poéticos e existencialistas de Malick, Kieslowksi, Jeunet e quando soube do respeito que Cronenberg impõe o imaginei na mesma linha destes. De qualquer forma, o filme te faz viajar no tempo. As locações e figurinos perfeitos me induzem à síndrome de Idade do Ouro, ou melhor, a rejeitar nosso presente horrível onde coisas boas e pessoas interessantes não existem (ou simplesmente não conhecemos ainda) e ambicionar vestidos longos, relógios de bolso, bengalas e charretes (me contento com o bonde haha). Viena é simplesmente um paraíso se analisarmos quanto conhecimento e pessoas notáveis de lá saíram - inclusive nossa princesa triste, Leopoldina. 


Estas pessoas notáveis e suas contribuições para a humanidade me deprimem por viver num mundo - numa realidade, na verdade - em que não se é estimulado ao conhecimento. Vendo Freud e Jung descobrindo e desenvolvendo algo que mudou a vida de milhões de pessoas me fez pensar como as pessoas comuns (nós) são insignificantes. É irritante saber que somos induzidos a sermos simplesmente números, impostos, escravos de ideologias, consumidores, marionetes. Sempre imagino um mundo, uma sociedade, em que todos são estimulados ao conhecimento. Onde conhecimento é a única coisa que interessa e importa, - não por dinheiro ou status, simplesmente por fazer algo, pela vontade de não ser só mais um na multidão, mas pra justificar a sua existência, deixar um legado. Penso no quanto produziríamos, aonde chegaríamos se tal sociedade existisse. Seria o tema de um bom livro, não? Adoro sci-fi. 


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sexta-feira, 6 de abril de 2012

José Henrique Fonseca - Heleno

Imagem: Google Imagens
Heleno
Direção: José Henrique Fonseca
Roteiro: Felipe Bragança, Fernando Castets, José Henrique Fonseca
Ano: 2011/Brasil
Gênero: Drama/Biografia
Elenco: Rodrigo Santoro, Alinne Moraes, Erom Cordeiro, Angie Capeda, Othon Bastos, Herson Capri, Orã Figueiredo

Sinopse: O jogador de futebol Heleno de Freitas era considerado o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, numa época em que a cidade era um cenário de sonhos e promessas. Era ao mesmo tempo um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol e um galã charmoso nos salões da sociedade carioca. Tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos, mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu caminho, numa jornada de glória e tragédia. Baseado no livro "Nunca Houve um Homem Como Heleno", de Marcos Eduardo Novaes.


Foto: Maiara Alves


Opinião: O Rio de Janeiro, no filme, pareceria uma cidade de qualquer país do mundo da década de 1940 e Heleno de Freitas pareceria mais um bad boy desta cidade, se não fosse o fato deste ser jogador de futebol - o que dá o tom abrasileirado no filme. Em tempos de aparente decadência - ou simplesmente sem a costumeira glória - no futebol brasileiro não só por parte da seleção, mas de jogadores em si, e a aproximação da Copa 2014, fez a  jovem Goritzia Filmes ilustrar a glória e a decadência de Heleno de Freitas.


Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
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Se não fosse Rodrigo Santoro correndo nas areias da praia de Copacabana com o Copacabana Palace ao fundo, não saberíamos dizer ao certo onde o filme se passa. O colonialismo cultural é gritante e irritante, e eu me pergunto se todos os jovens pareciam o James Dean nos anos de 1940 - não posso falar nada, tô ouvindo Maroon 5 neste exato momento, buuuut Heleno é pior que eu haha. A zona sul O Rio de Janeiro parece realmente um paraíso com festas glamurosas todos os dias e conversíveis, e o nosso astro, que não é de cinema mas de futebol, aproveitou intensamente cada segundo deste paraíso e das regalias do sucesso e da fama. Santoro, apesar de não convencer em nada como jogador de futebol, é perfeito ao demonstrar a tempestuosidade de emoções e temperamento do jogador que, sem dúvida, amava o seu time mas não reconhecia fazer parte de um time e não dele ser o time.


O filme é charmosíssimo e espero que a moda de preto-e-branco pegue - li em um comentário no youtube que o preto e branco seria por causa do Botafogo. A trilha sonora e o figurino dão mais charme ainda no filme em que Rodrigo Santoro etá mais lindo, e também mais feio, do que nunca. Eu tinha observado mais alguns pontos, mas tô sem tempo e sem paciência de escrever.


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terça-feira, 3 de abril de 2012

Gary Ross - The Hunger Games


The Hunger Games
Direção: Gary Ross
Roteiro: Billy Ray, Gary Ross, Suzanne Collins (livro)
Ano: 2012/EUA
Gênero: Ação/Drama/Ficção Científica
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Lenny Kravitz, Stanley Tucci, Donald Sutherland

SinopseNum futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando , com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
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Opinião: Pra quem gosta de cinema a pior coisa que há é criar expectativas em torno de um filme e este lhe decepcionar, mas quem gosta adora tanto uma expectativa correspondida quanto se surpreender quando o filme aparentemente "não dá nada". Em 2010 a Rocco lançou Jogos Vorazes e seus R$ 50,00 no lançamento e a faculdade ano passado me impediram de me apaixonar literariamente pela história de Collins, mas Gary Ross me vendeu muito bem o 1984 young-adult e fiquei curiosíssima para ler o livro e as seqüências.

Lembrei não só de 1984, mas também da série Feios de Scott Westerfeld, Destino de Ally Condie e um pouco de The Host de Stephenie Meyer pois todos estes tratam de sociedades distópicas. Não que todos estes outros não sejam, mas  Hunger Games é mais condizente com a nossa realidade do que Destino, por exemplo. Mas todos tem sua importância e   questões importantes, super recomendo. Bom, no filme os EUA (ou a América do Norte, não lembro) foram divididos em distritos (essa parte me lembrou O Preço do Amanhã - que por sinal o diretor, Andrew Niccol - está dirigindo The Host *-*) e uma vez por ano cada distrito deve oferecer um menino e uma menina, entre 12 e 18 anos, para o reality show The Hunger Games. Os jovens como tributos, o "presidente" como jardineiro e a colheita é uma relação com a própria história estadunidense onde há tempos longínquos ofereciam-se tributos por boas colheitas e hoje é lembrado com o Halloween. 

É uma sociedade futurista onde os explorados e miseráveis distritos sustentam a luxuosa elite da capital que se diverte ao verem os jovens literalmente matando entre si num programa de TV - parecidíssimo com o Oscar, aliás. O jogo é realmente cruel com assassinatos brutais e até mutilação de corpos, e se não fosse a censura na qual a faixa etária do filme se encaixa veríamos sangue por todos os lados e o diretor com um jogo de câmera incrível (não sei o nome técnico disso) mostra apenas poucos detalhes da carnificina e isto, o olhar, o modo como o filme é fotografado é o que talvez contribua para afastar o primeiro filme da série das outras grandes séries como HP e Twilight. Outro ponto interessantíssimo, pra mim, no filme é o triângulo (como eu adoro *-*) e a sinuca de bico em que Katniss ficou no filme do filme com a pergunta de Sofia: Peeta ou Gale? Até onde seu sentimento por Peeta - e o de Peeta por ela - é verdadeiro? Ou até que ponto pensam que é verdadeiro? 

O filme em si é razoavelmente bom, mas tenho certeza que os jogos na literatura é bem mais intenso e fascinante - o cinema não supera nossa imaginação! Lawrence é fantástica e tenho a impressão que ela deve ter representado a Katniss de Collins muito bem, talvez Hutcherson não seja o Peeta que a Collins e eu pensou - apesar de ser bom, vide Zathura e Little Manhattan -, mas se saíram bem. Donald Sutherland o Mr Bennett, haha, é quase inimaginável aquela barba branca pertecendo à um vilão. Enfim, recomendo o filme - depois do livro, obviamente. 

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Não consegui incorporar nenhum vídeo --'

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Jean-Jacques Annaud - La Guerre du Feu

Imagem: Google Imagens
La Guerre du Feu
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Gérard Brach
Ano: 1981/Canadá-França-EUA
Gênero: Aventura
ElencoEverett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill

SinopseO filme se passa nos tempos pré-históricos, em torno da descoberta do fogo. A tribo Ulam vive em torno de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, três membros saem em busca de uma nova chama. Depois de vários dias andando e enfrentando animais pré-históricos, eles encontram a tribo Ivakas, que descobriu como fazer fogo. Para que o segredo seja revelado, eles seqüestram uma mulher Ivaka. A crueldade e o rude conhecimento de ambas as tribos vão sendo revelados. O filme foi elogiado por criar ambiente e personagens convincentes, por meio da maquiagem (premiada com Oscar) e da linguagem primitiva (criada por Desmond Morris e Anthony Burgess).

Opinião: Vi este filme pela primeira vez há quatro anos e pela segunda vez no último sábado (31) e continuo achando chato. O filme comete anacronismos e também cometo anacronismo ao achá-lo chato, mas basta vê-lo uma vez pra saber como eram as coisas, pois já que estamos num estágio um pouco melhor (ao menos fisicamente, os valores intrínsecos não mudaram muito não) basta rever coisas ruins uma vez. 

O filme se passa há 80.000 anos, na pré-história (é considerado pré-história todo o período antes da invenção da escrita) quando o homem descobre o fogo e é quase fiel aos fatos ao retratar esse período. As coisas acontecem muito rápido e analisando a História as coisas não aconteceram na seqüência em que foram mostradas. Não havia afeto entre homem e mulher, as relações sexuais eram meramente instintivas (assim como a do início do filme e não como a de Noah e a mulher do outro grupo), eles também não sabiam o que era gravidez e muito menos o amor, logo a relação de Noah e a "mulher" do outro grupo é falsa e não corresponde ao contexto. 

Haviam vários grupos, na época, singulares que desenvolviam hábitos, habilidades e conseqüentemente feições distintas. Eles acabam se encontrando e o primeiro contato com outro grupo não é acolhedor, o filme mostra bem isso  quando os grupos se encontram - principalmente os canibais. Quando o líder do primeiro grupo que nos é mostrado, Noah, é detido pelo grupo da "mulher" - um grupo com uma cultura mais desenvolvida aparentemente sedentária onde já havia rituais, dominação do fogo, preocupação com a reprodução, entre outras coisas - o chefe do grupo imediatamente o examina olhando sua gengiva, dentes e genitália, ou seja, para ver se tem saúde e serventia para reprodução. 

Há também a questão da linguagem que eram apenas grunhidos e o filme é bem verdadeiro nisso, no final o primeiro grupo, o mais "primitivo", depois do contato de alguns com o outro grupo, acaba desenvolvendo de certa forma sua própria linguagem. Bom, tem muito pontos interessantes e pra quem gosta de Humanas há várias questões pra reflexão. Eu gosto de Humanas, mas não gosto de sofrimento nem de reviver coisas ruins (tô no curso errado, eu sei) e não sei não ser anacrônica - principalmente com este filme. Enfim, o filme em si, apesar de alguns escorregões na veracidade dos fatos é ótimo - foi indicado ao Oscar de melhor maquiagem em 1983 -, os atores são ótimos e muito convincentes, o filme inteiro é convincente e dá pra viajar oitenta mil anos
fácil fácil. 

Trailer






* O blogspot tá bugado esses dias, não consigo tirar esse marcador branco que  por sinal apareceu do nada.
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