segunda-feira, 2 de abril de 2012

Jean-Jacques Annaud - La Guerre du Feu

Imagem: Google Imagens
La Guerre du Feu
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Gérard Brach
Ano: 1981/Canadá-França-EUA
Gênero: Aventura
ElencoEverett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill

SinopseO filme se passa nos tempos pré-históricos, em torno da descoberta do fogo. A tribo Ulam vive em torno de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, três membros saem em busca de uma nova chama. Depois de vários dias andando e enfrentando animais pré-históricos, eles encontram a tribo Ivakas, que descobriu como fazer fogo. Para que o segredo seja revelado, eles seqüestram uma mulher Ivaka. A crueldade e o rude conhecimento de ambas as tribos vão sendo revelados. O filme foi elogiado por criar ambiente e personagens convincentes, por meio da maquiagem (premiada com Oscar) e da linguagem primitiva (criada por Desmond Morris e Anthony Burgess).

Opinião: Vi este filme pela primeira vez há quatro anos e pela segunda vez no último sábado (31) e continuo achando chato. O filme comete anacronismos e também cometo anacronismo ao achá-lo chato, mas basta vê-lo uma vez pra saber como eram as coisas, pois já que estamos num estágio um pouco melhor (ao menos fisicamente, os valores intrínsecos não mudaram muito não) basta rever coisas ruins uma vez. 

O filme se passa há 80.000 anos, na pré-história (é considerado pré-história todo o período antes da invenção da escrita) quando o homem descobre o fogo e é quase fiel aos fatos ao retratar esse período. As coisas acontecem muito rápido e analisando a História as coisas não aconteceram na seqüência em que foram mostradas. Não havia afeto entre homem e mulher, as relações sexuais eram meramente instintivas (assim como a do início do filme e não como a de Noah e a mulher do outro grupo), eles também não sabiam o que era gravidez e muito menos o amor, logo a relação de Noah e a "mulher" do outro grupo é falsa e não corresponde ao contexto. 

Haviam vários grupos, na época, singulares que desenvolviam hábitos, habilidades e conseqüentemente feições distintas. Eles acabam se encontrando e o primeiro contato com outro grupo não é acolhedor, o filme mostra bem isso  quando os grupos se encontram - principalmente os canibais. Quando o líder do primeiro grupo que nos é mostrado, Noah, é detido pelo grupo da "mulher" - um grupo com uma cultura mais desenvolvida aparentemente sedentária onde já havia rituais, dominação do fogo, preocupação com a reprodução, entre outras coisas - o chefe do grupo imediatamente o examina olhando sua gengiva, dentes e genitália, ou seja, para ver se tem saúde e serventia para reprodução. 

Há também a questão da linguagem que eram apenas grunhidos e o filme é bem verdadeiro nisso, no final o primeiro grupo, o mais "primitivo", depois do contato de alguns com o outro grupo, acaba desenvolvendo de certa forma sua própria linguagem. Bom, tem muito pontos interessantes e pra quem gosta de Humanas há várias questões pra reflexão. Eu gosto de Humanas, mas não gosto de sofrimento nem de reviver coisas ruins (tô no curso errado, eu sei) e não sei não ser anacrônica - principalmente com este filme. Enfim, o filme em si, apesar de alguns escorregões na veracidade dos fatos é ótimo - foi indicado ao Oscar de melhor maquiagem em 1983 -, os atores são ótimos e muito convincentes, o filme inteiro é convincente e dá pra viajar oitenta mil anos
fácil fácil. 

Trailer






* O blogspot tá bugado esses dias, não consigo tirar esse marcador branco que  por sinal apareceu do nada.

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