quinta-feira, 31 de março de 2011

Oliver Park - Dorian Gray


A melhor coisa do filme: Ben Barnes seduzindo e distribuindo amor pra todo mundo. Todo mundo mesmo.
Os produtores não poderiam ter escolhido ator melhor pra interpretar Dorian Gray porque ele (Ben Barnes) tem 29 anos e não parece ter mais que 18. Marry me Ben ♥ hahaha. Falando sério agora, o filme é ótimo com ou sem Ben. Os fãs do Oscar odiaram a escolha, mas eu amei. O  filme me lembrou um pouco O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, se não me engano a história se passa na mesma época e na mesma cidade. O assassinato de Basil também foi à la Sweeney Todd: totalmente a sangue frio, um 'q' de loucura e muito sangue espirrando... definitivamente um bom filme. 

Eu ando com muita preguiça de escrever - ou seria falta de paciência? Eu gostei muuuito do filme, um dos meus preferidos com certeza e Ben, oh Ben, você mora no meu coração desde a primeira vem que te vi em Nárnia. Pretendo um dia ler o livro, quando minha estante tiver vazia e a minha memória do filme estiver escassa. Tem muitas quotes legais, mas só anotei uma: "Algumas coisas são mais preciosas porque não duram."


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quarta-feira, 30 de março de 2011

Jake Scott - Welcome to the Rileys

Meias rastão, palavrões e saltos de stripper deixaram Kristen Stewart (há dois anos eu a chamava de Kiki...) quase que irreconhecível não fosse a mesma cara (ou falta de) sem emoção. Um fato sobre KStew: seria possível agrupar todas as personagens dela num só filme que ninguém ia notar. Kristen é um robô, é sério.

James Gandolfini e Melissa Leo, além do roteiro, fazem o filme valer a pena. É uma história sobre traumas. Doug e Louis perderam a filha então com 15 anos num acidente de carro. Lois se culpa, e as conseqüências disso são inúmeros remédios e o isolamento do mundo: Lois não sai de casa. Nunca. Doug, seu marido, é um doce o tempo inteiro e mesmo tendo uma amante ele continua doce. Numa viagem de negócios ele conhece Mallory uma garota de 16 anos sozinha que faz strip e se prostitue; a mãe de Mallory também morreu quando ela tinha 5 anos num acidente de carro. Doug vê em Mallory a Emily, sua filha, e começa a cuidar dela... o amor paternal é lindo e o filme seria emocionante se a Kristen se esforçasse em passar alguma emoção. Bom, Lois e Doug, depois de um rompante de Mallory, se dão conta que Mallory não é Emily e que eles não podem de uma forma estranhamente bizarra cuidar de Mallory... enfim (tô com muita preguiça de digitar haha), o filme é legal, interessante, mas podia ser melhor. Não me agradou nada, nadinha (parafraseando Boris Yelnikoff).


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domingo, 27 de março de 2011

The Vampire Diaries - Paródia

Meu blog anda tão abandonado, tadinho. Nem é por falta de tempo, é descaso meu mesmo haha.

Bom, em 2009 eu conheci as produções do The Hillywood Show numa comunidade de Twi e adorei, eles são super criativos. Acho que todo mundo já viu as paródias de Twi, New Moon, Eclipse e todos aqueles outros videos legais que eles fazem. Eu não sabia desse video de TVD, achei sem querer enquanto via videos de Delena, enfim, é bem engraçado, acabaram com o Ian haha, mas o carinha até que se saiu bem, ele fez a mesma mexidinha na sobrancelha que o Damon faz.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Alyson Noël - Os Imortais, Chama Negra


Mais um pedaço da história de Ever e Damen. Um ano se passou desde o acidente onde Ever se tornou a pessoa mais azarada do mundo. Recapitulando os fatos: Ever perde os pais e a irmã num acidente de carro, descobre que pode ler a mente e a aura das pessoas, reencontra o amor da sua vida, Damen, descobre ser imortal, conhece a ex dele, Drina, que tenta matá-la mas ela mesma acaba matando-a. No segundo livro Roman aparece, um imortal esquecido por Damen que era apaixonado por Drina vai à Laguna Beach atrás de vingança e quase manda o coitado do Damen pra Shadowland graças as burradas e trapalhadas e inúmeros fatores insignificantes que acabaram fazendo com que Damen e Ever não pudessem se tocar, a não ser que isso fosse possível sem troca de DNA. No terceiro livro, Terra de Sombras, Ever descobre que ela tem algo inacabado com Jude e, assim como ela, ele reencarna de novo e de novo a procura dela, ainda no terceiro livro Ever e Damen tentam a todo custo conseguir de Roman o antídoto do antídoto, a fórmula que permitirá que Damen e Ever finalmente tenham seus felizes para sempre. Ah, e a insuportável da Haven é transformada em Imortal. Ufa... se eu errei algum fato a culpa é da Ever, na verdade é da autora, eu nunca vi uma pessoa/personagem como tanto azar quanto a Ever. 

Ah sim, em Terra de Sombras, Ever erra o "feitiço" que ia fazer com que Roman desse o antídoto pra ela e acaba se amarrando a ele, que confusão... Bom, Chama Negra é basicamente sobre isso: a luta de Ever pra resistir à Roman. A tal chama negra é na verdade o lado negro da personalidade de Ever - achei muito interessante isso, sério. Pensamentos negativos atraem coisas negativas, logo, ela não consegue se controlar e fica deslumbrada e absolutamente louca por Roman, mas no final ela descobre que não tem feitiço nenhum, é tudo uma questão de foco e direcionar seus pensamento pra coisas positivas, e fazer muita meditação pra purificar a alma. Acontece que quando as coisas parecem que vão dar certo vira tudo de cabeça pra baixo outra vez, mais confuso do que no início e eu vou começar a rezar e meditar quando for ler Estrela da Noite porque né... 

Os pontos positivos: Ever começa a se aproximar de Jude, por ela confiar nele e por não confiar em Damen. Jude também descobre, indo a Summerland, quem ele é de verdade e o que Damen e Ever significam pra ele. Bom, eu prefiro Damen, lógico, mas Jude é muito fofo. Outra coisa legal é que a autora, desde o primeiro livro, mostra o verdadeiro sentido da vida: o amor. Tá, isso que eu disse foi brega, mas é verdade. Ever ganha tudo: imortalidade, poderes, Damen gostosão, uma casa em Laguna Beach e várias outras coisas legais logo quando perde a família. Apesar da difícil missão de lidar com os poderes sozinha, ela se sente vazia e as grandes confusões, como Drina, Roman e ela não conseguir tocar Damen a faz se sentir desolada e quase depressiva. É claro que esse sofrimento não será pra sempre, além do que isso é um livro, mas esse livro mostra muito sabiamente que os bens materiais podem ser atraentes, mas nada se compara a satisfação de jogar a culpa do malfeito na sua irmã mais nova. Nossa, isso foi bem emo da minha parte haha. 

Eu gosto da série, mesmo, tem muito espiritismo nas entrelinhas e gosto de ler porque entendo bastante do assunto. Destaquei várias passagens e quotes interessantes:


Olho para ele, para essa criatura bela e gloriosa que me amou pelos últimos quatrocentos anos e continua a me amar não importa quantos erros estúpidos eu cometa, não importa quantas vidas eu estrague.

Não tenho tempo de ficar sentada observando minha respiração enquanto o mundo inteiro está desmoronando à minha volta.
(só os japoneses conseguem essa façanha, na boa)

- Quer dizer... se realmente nascemos para corrigir os erros do passado e seguir na direção da iluminação, então, talvez algum dia, há muito tempo, eu estivesse conduzindo uma bela donzela como você e tenha ficado tão distraído com sua beleza e seu charme que virei essa coisa e tudo terminou em um afogamento.
- Quem se afogou?
- Eu. Qual é a novidade? A donzela, no final, foi rapidamente resgatada por um jovem nobre alto, moreno e bonito, de grande posição e riqueza, e que, como sempre acontece, tinha um barco muito maior. E depois de puxá-la rapidamente a bordo, ele a aqueceu e secou. Droga, provavelmente também a trouxe de volta à vida com uma respiração boca a boca executada com perfeição e depois a cobriu não apenas de atenção exclusiva, mas também de uma série de presentes, um mais impressionante que o outro, até que ela finalmente parou de fazer jogo duro e concordou em se casar com ele. E você sabe como isso termina, certo?
(me emocionei, tadinho de Jude)

Talvez Damen estivesse certo quando disse que não fomos feitos para lembrar de nossas vidas passadas, que a vida não foi feita para ser uma prova com consulta.. Todos temos o próprio carma, os próprios obstáculos para superar.

É impossível fugir dos problemas. É impossível correr o suficiente para fazê-los desaparecer por completo.

- Acredite, todos nós passamos por isso. A maioria apenas não tem a oportunidade de lembrar, muito menos de reviver.

- Embora prometa não interferir em seu relacionamento com Damen, também não pretendo me afastar. Passar quatrocentos anos perdendo a garota dos meus sonhos não tem me feito muito bem ultimamente.
- Você... você sabe sobre isso?
- Sei. Sei tudo sobre isso. E mais.

Porque a verdade é que, por mais que eu esteja comprometida em limpar minhas energias e me concentrar apenas nas coisas boas e positivas, a vida ainda é a vida. Ainda é dura, complicada, e um tanto confusa: são lições a serem aprendidas, erros a serem cometidos, triunfos e decepções, e nem todo dia foi feito para ser uma festa. E acho que finalmente percebi, finalmente aceitei que tudo bem em ser assim. Pelo que vi, até Summerland tem seu lado negro, sua própria versão do eu-sombra, um pequeno canto escuro no meio de toda a luz... ou, pelo menos para mim, foi o que pareceu.

terça-feira, 22 de março de 2011

Sarah Blakley-Cartwright e David Leslie Johnson - A Garota da Capa Vermelha


ERA UMA VEZ UMA GAROTA 
QUE IA SE CASAR COM UM FERREIRO.
ERA UMA VEZ UM LENHADOR QUE
QUERIA FUGIR COM ELA.
ERA UMA VEZ UM LOBO...



É tão bom ler contos de fada, ainda mais nos dias de hoje; com tanta tragédia por aí é bom fugir da realidade e se refugiar numa pequena aldeia medieval onde a única preocupação é um lobisomem apaixonado por uma garota que usa uma certa capa vermelha...

Nunca tinha lido um livro baseado num roteiro, essa foi a minha primeira vez e não gostei muito não. Prefiro livros que servem como base de roteiro, e não um livro baseado em roteiro. Pouquíssimos detalhes, digo, tem muito detalhe físico e pouca história, enfim, dá pra ter uma idéia da história e assim não ficar tão perdido quando for ver o filme.

Henry é um sonho gostei tanto dele, mas como sempre o bonzinho se ferrou, coitado. Peter é hot, mas não acho que mereceu se dar bem. Valerie... eu não sei o que dizer de Valerie, eu não presto muita atenção nas protagonistas mesmo a história sendo narrada, na maioria das vezes, de seu ponto de vista. Bom, eu já sabia que Peter era o lobisomem, mas os fatos mostra ao leitor que Henry - ou até mesmo a avó de Valerie - é(são) o(s) lobo(s). Faltou explicar muita coisa: por que Peter se transforma em lobo? Por que ele matou Luce? Qual é a lenda da Lua de Sangue? No fim do livro tem a seguinte frase "Será este o verdadeiro final da história de Valerie? Visite o site, blábláblá..." Eu realmente espero que a editora tenha ocultado algumas coisas que serão melhor explicadas, e visualizadas, no filme. Não sei como funciona esses roteiros que viram livro, mas eu quero uma explicação, mais detalhes. 

Uma coisa que me marcou bastante foi a cultura da vila: a ignorância da era medieval. Eles confiaram cegamente num "padre" ou sei lá o que Fathe  Solomon era, só por ele supostamente saber com o que estava lidando. Há muitas implicações nisso, ele obviamente podia abusar do poder que a aldeia lhe deu, e o fez quando quase sacrificou Valerie. Algumas pessoas (eu) se sentem "tristes" por terem nascido na época errada, a verdade é que nascemos na época certa, os livros e os filmes que romantizam a coisa toda. Não é nada legal viver num mundo em que as mulheres são submissas, a igreja comanda e você está preso no regime monárquico hereditário, sem liberdade e, principalmente, na ignorância intelectual. Eu não queria ter nascido nessa época, retiro tudo o que já disse sobre isso, prefiro vivê-la por livros e filmes como venho fazendo.
Fiz várias marcações, dezesseis. Algumas quotes bobas, mas que no texto fez muito sentido.


Sua partida fora como o rompimento da ponta de uma corda - deixando dois fios emaranhados.
As orelhas do lobo congelaram, depois estremeceram, e ele voltou os olhos para encontrar os dela. 
Os olhos eram selvagens e belos.
Olhos que a viram.
Não um tipo comum de olhar, mas algo que ninguém vira antes. Seus olhos a penetraram, reconhecendo alguma coisa. O terror a atingiu, então. Ela desabou no chão, incapaz de manter o olhar, e se enterrou na profundidade do refúgio da escuridão.

"Como é estranho ter uma irmã", Valerie pensou. "É alguém que você poderia ter sido."

Anos mais tarde, ao se lembrar desta manhã, elas não tinha certeza do que a fizera erguer o olhar novamente, alterando o rumo de sua vida para sempre - ela sempre dissera que havia sentido algo no canto dos olhos, obrigando-a a olhar quase como se alguém tivesse dado um tapinha no seu ombro para fazê-la se virar. Ao levantar os olhos, viu um jovem de cabelos escuros, estonteante de parar o coração.
Ele parecia selvagem e fantasmagórico, todo vestido de preto, como um cavalo que não podia ser domesticado.
Valerie sentiu a respiração se esvair de dentro dela.

Ele era apenas um menino com quem brincara, mais velho agora. Certo?

Ele sempre soube que ela era diferente, mas ele sempre se sentiu um pouco diferente também. Henry pensava que talvez eles pudessem ser diferentes juntos.

"Um dia", ela pensou, "vou viver com Peter em uma casa para nós dois, e haverá um pomar e também um riacho estreito onde nós dois vamos tomar banho e nadar. O sol vai cantar durante as tardes, e à noite, as aves vão colocar as cabeças sob suas asas em espera."
A imagem foi ficando mais clara quanto mais rápido ela corria.
Sentindo a carga da liberdade, ela se sentiu leve como se fosse uma semente de dente-de-leão sendo levada pelo ar.

O olhos de Valerie dispararam, seguindo um coelho branco quase invisível contra a neve.
(lembrei de Alice *-*)

- Um lobisomem nunca é verdadeiramente humano, não importa a sua aparência. Durante a lua cheia normal, uma mordida de Lobo vai te matar. Mas durante os dias da lua de sangue, suas almas correm perigo.

Seus dedos, ásperos pelo trabalho, acariciaram o rosto dela enquanto eles respiravam juntos.
- Eu estive faminto por você por tanto tempo.

- Que... olhos... grandes você... tem... - ela disse, com a voz fraca.
- São para te ver melhor, minha querida.
Hipnotizada pela intensidade daquele olhar incrível, Valerie não conseguiu desviar o olhar do horror que aconteceu em seguida. A pele de cada lado do rosto do Lobo se separou e fendeu em um ímpio desabrochar para revelar... um segundo par de olhos.
Um par de olhos mais impressionante que o primeiro. Sensível e inteligente. Onisciente.
Humano.

- Eu voltarei por você - O Lobo se inclinou para Valerie. - Antes de a lua de sangue minguar.

As lembranças estão sempre se deteriorando. Tinha já tantas que desejava parar de criar lembranças novas; já havia muitas experiências a avaliar Mas novas lembranças se formavam a cada momento.

- Se os inocentes são injustos, prefiro estar entre os culpados.

Pessoas observadoras sabem quanto estão sendo observadas.

Aprendera como a humanidade pode ser cruel. Sentia-se desgostosa; talvez fosse melhor ser um bicho que um ser humano.

Não lhe importava que ele fosse o Lobo. Se fosse, ela também seria.


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domingo, 20 de março de 2011

Lauren Kate - Tormenta


É, eu estava lendo A Vidente, mas aí Tormenta chegou e a minha curiosidade obviamente é maior do que meu bom senso de terminar um livro antes de ler outro. A minha curiosidade é tanta que já estou lendo A Garota da Capa Vermelha sem nem ter voltado a ler A Vidente. Eu leio mesmo o que eu tiver vontade, vai que eu morro amanhã sem saber o que aconteceu com Luce e Daniel? Ou até mesmo Valerie e Peter? Não mesmo.

Bom, eu não gostei muito da editora ter traduzido o título, ficaria muito mais legal se o título original em inglês fosse mantido. A capa é mais linda ainda que Fallen, eu já tinha visto no deviantart da Fernanda, mas nada se compara com essa imagem pessoalmente. MUITO LINDA! Haha, até "as costas" do livro é perfeita, olha:


Parece um sonho. Me lembra Evanescence e, eu acho que é esse o motivo de tantas pessoas detestarem a série e eu amar: o tema gótico. Eu amo história da arte - o estilo gótico é um dos meus preferidos -, assim como amo o Ultra-Romantismo, o tão detestável mal do século que minha adorada professora de português, Eliana Guimarães, detestava - nessas horas eu morro de saudade do colégio, adorava as aulas de português, principalmente no segundo ano. Enfim, Tormenta continua a contar a história de Luce e Daniel, uma humana e um anjo de prestígio caído eternamente amaldiçoados por se amarem. Luce desencarna e reencarna e sempre encontra Daniel, não importa em que tempo e lugar eles estejam, e sempre que eles escolhem ficar juntos, quando se beijam, Luce explode em chamas e morre. E assim acontece há milhares e milhares de encarnações. Sério, tem coisa mais romântica que isso? "Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic." 

Confesso que eu gostava muito mais da Sword & Cross, ou do clima de lá, tinha muito a ver com a história. Mas a Shoreline mostrou o lado cool e clean, a nobreza, dos anjos e decendentes de anjos - mas eu ainda continuo preferindo a Sword & Cross. Eu comecei a gostar mais de Daniel nesse livro, acho que até começo a aceitar um pouco ele como protagonista. Ele lembra muito o Edward, mas sem querer, não achei que foi de propósito da autora, tipo, ele lembra o Edward mas ainda assim é original. É, se o Edward fosse um anjo privilegiado que caiu do céu por amor ele seria o Daniel Grigori. Ele é super protetor com Luce, super intenso com seus sentimentos para com ela, ele tem um olhar diferente pro mundo, bastante maduro, fofo demais, doce, romântico... enfim, ganhei muitos pontos comigo nesse livro. Mas eu não esqueci Cam, não mesmo, ele continua sendo o meu queridinho, o melhor de todos. Ele (Cam) parece muito com Daniel, e meus parabéns à autora, ela realmente fez jus ao que Francesca disse, que anjos e demônios não são tão diferentes assim, eles são face da mesma moeda. Concordo em absoluto com isso, é meio complexo, mas eu entendi de uma maneira que não dá pra explicar (ainda) a conclusão que tirei disso. 

Gostei muito do livro, não consigo entender porque muita gente fala mal dele. Um livro pra mim só é bom quando ele me faz ter sensações - eu sou muito apática e se um livro me faz sentir algo é porque ele é realmente bom.Além das sensações, ele tem que me fazer ficar acordada, não ter vontade de fazer outra coisa se não terminá-lo. Uma história boa é assim, e Tormenta definitivamente não me deixou dormir - literalmente, tive uma quantidade vergonhosa de sonhos com Daniel e Cam matando Párias. 

Fiquei em choque com Shelby e Daniel, assim como Luce eu pensava que sempre só ouve Luce e Daniel (e Cam, obviamente), nunca pensei que mortais, nefilins e outros tipos de anjos e demônios estivessem entre eles. Ri muito com o dia de Ação de Graças, sério, eu nunca tinha rido tanto com um livro.  Os anunciadores me lembraram muito os Dementadores de HP. E Miles, bom, eu gostei de Luce ter beijado ele e Daniel ter visto, um troco por Shelby haha.  Mas eu prefiro o triângulo Cam, Luce e Daniel. Destaquei muitas frases e trechos interessantes, senta que lá vem história:


Mesmo ocupado com algo tão sinistro, Cam era belo. Seus olhos verdes cintilavam e o cabelo escuro fora cortado. Era a trégua; ela sempre trazia um brilho mais intenso aos anjos, uma luminosidade ainda mais forte no rosto e no cabelo e até mesmo uma forma mais bem-feita ao já impecável e musculoso corpo. Dias de trégua faziam pelos anjos o que férias na praia faziam pelos humanos.

Steven se inclinou contra a outra mesa, abriu um pesado fichário de couro marrom, e descansou a caneta sobre os lábios. Para um homem mais velho, era bonito, é claro, mas Luce quase queria que não fosse. Ele a fazia se lembrar de Cam, e em como o charme de um demônio pode ser enganoso.

Seus olhos violeta faiscavam, não de raiva, mas por um desejo intenso. O tipo de olhar que fazia você amar tanto uma pessoa que sentia sua falta mesmo ela estando bem na sua frente. 

Não ventava mais, o ar em torno deles era silencioso e calmo. Os únicos sons eram as asas de Daniel batendo enquanto eles pairavam no céu, e o das batidas de seu coração.
- Momentos como esse - disse ele -, fazem tudo pelo que tivemos de passar valer a pena.

- Às vezes coisas belas entram em nossa vida de repente. Nem sempre podemos compreendê-las, mas temos de confiar nelas. Eu sei que você quer questionar tudo, mas também compensa apenas ter um pouco de fé.

- Vamos apenas aproveitar a genialidade de Woody Allen em silêncio - ordenou Shelby.

- Não vou tomar muito de seu tempo, mas tenho uma pergunta.
Luce esperou que ele fosse lhe perguntar algo profundo, sombrio e importante. Sobre Daniel e Cam, o bem e o mal, o certo e o errado, confiança e traição... Mas tudo o que ele perguntou foi:
- O que você fez com seu cabelo?

- Se vocês duas querem ser tão óbvias, por que não colocam logo camisas indicando Team Daniel e Team Miles?
- A gente podia encomendar algumas - disse Shelby.
- A minha está lavando - devolveu Ariane.

O íntimo jantar de Ação de Graças agora servia doze: quatro pessoas, dois Nefilim, seis anjos caídos (três para cada lado, do Bem e do Mal), e um cão vestido de peru, com a sua tigela de restos sob a mesa.

... um enorme par de asas douradas travessou o suéter de Cashmere cinza. Elas se desenrolaram para trás, ocupando a maior parte da cozinha. As asas de Cam eram tão brilhantes que quase cegavam.
- Que diabos... - sussurrou Callie, piscando.
- Quase isso.

Ele a encontraria?
Sem dúvida.
Ele a salvaria?
Sempre. 


Essa última parte me deixou emocionada, Daniel é muito perfeito. Eu aconselho ler o livro ao som de Evanescence ou We Are The Fallen, ou The Red Jumpsuit Apparatus, essas bandas te farão entrar no clima da história com certeza.

terça-feira, 15 de março de 2011

Eu vou ler...


Maaaais livros, sete precisamente. Agora são 21 livros na geladeira, ansiossímos para serem lidos. Acho que termino até o final de Abril, vou me controlar pra não comprar mais.

De baixo pra cima:

Lisa McMann - Gone
Lauren Kate -Tormenta
Alyson Noël - Chama Negra
Rick Riordan - O Último Olimpiano
Machado de Assis e Lúcio Manfredi - Dom Casmurro e os Discos Voadores
Sarah Blakely-Cartwright e David Leslie Johnson - A Garota da Capa Vermelha
George Orwell - A Revolução dos Bichos


Ah sim, hoje é o Dia do Consumidor, quer dizer Dia Mundial dos Direiros do Consumidor. A notícia boa é que eu consumo letras, meu vício é sadio. Viu pai, viu mãe? Vou limpar e arrumar minha estante agora. E terminar A Vidente.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Becca Fitzpatrick - Crescendo


Crescendo: a torturante seqüência de Sussurro.
Era o que devia estar escrito na capa, mas não... a sempre tão sábia Intrínseca vacilou feio ao publicar essa série.

Eu não sei se eu estou mais exigente ou se a Becca Fitzpatrick é ruim mesmo, fica a questão. Eu comecei a ler esse livro desde que terminei Água Para Elefantes (há quase 2 semanas) e penei muito pra terminar, eu pensei em parar de ler de vez, li Amante Revelado e como eu não sou de abandonar livro eu decidi - chorando - terminar esse abençoado.

Nora é super ultra master melodramática, não sei como as pessoas tem coragem de falar mal de Isabella Swan quando se tem Nora Grey tão insegura (ou mais), infantil, chata e irritante. Fica muito claro o esforço da autora em transformar Patch e Nora em algo mágico como Bella e Edward (esse casal sim, tem muita magia, falo sério). Só eu achei nada a ver o término deles dois? Muito forçado, ou a Nora é mais mala do que parece ou a Becca Fitzpatrick é uma péssima autora mesmo - nesse caso: os dois! Os fatos são atropelados, lento e muito repetitivo. Eu também perdi a noção do tempo, a autora não deixa muito claro, só entendi que o livro se passa nas férias de Nora. 

O único ponto positivo: o final. Gostei do final, a autora podia ser eficiente como foi no final durante o livro todo né? Provavelmente lerei o próximo livro da série, só por curiosidade, mas quando ele sair eu não vou nem lembrar mais o que aconteceu nesse haha.

Poucas quotes:

- Como planeja me matar? - desdenhou Marcie. - Sentando em cima de mim?

- Não faça eu me arrepender disso - falei, sem fôlego.
- Você nunca se arrependeu de mim.

Eu sonhava com o dia em que não precisaria mais que Vee me levasse de um lado para o outro.
Mas não tanto quanto sonhava com o dia em que esqueceria Patch.

- Já ouvi. Blá-blá-blá. Provavelmente, Patch é traficante de drogas. Não. Provavelmente, ele vende armas e Rixon banca a mula, contrabandeando armas de graça e arriscando o próprio pescoço.

Um estranho silêncio se acomodou nas sombras e percebi que o relógio de parede havia parado de bater. Os ponteiros ficaram congelados sobre os seis e o doze, parados no momento em que Patch foi embora para sempre.

- Não é só porque passou que fica fácil de esquecer.

sábado, 12 de março de 2011

Marcus Baldini - Bruna Surfistinha


Não é o filme que eu pagaria pra ver, nem de filme nacional eu gosto e até eu começar a entender o psicológico da Raquel eu me perguntei "o que estou fazendo aqui? Até o filme do Justin Bieber é mais 'assistível'." É, mas eu tava na sala 08 e na sala 08 passava a história-daquela-mulher-que-se-prostituia-porque-gostava. Bom, era o que eu pensava até ver o filme.

O filme não é sobre a prostituta mais famosa do Brasil, é sobre uma menina instrospectiva e aparentemente deslocada que se descobre uma mulher sexy e capaz de tudo. Raquel não tem nada demais, nenhum atrativo: é um pouco desastrada, nada sensual, pensa que é rejeitada pelos pais adotivos e é pressionada o tempo inteiro pelo irmão adotivo. Então ela foge de casa, por orgulho, pra se autoafirmar, pra se conhecer. Bom, eu acho que ninguém precisa ir para um prostíbulo pra se conhecer, mas... Raquel deixa de ser Raquel e se torna Bruna, o primeiro cliente se apaixona por ela e ela se descobre bonita, sexy e desejável "a garota mais popular da escola" como ela mesma diz. Ela vai ganhando clientes e numa boate conhece Carol (acho que era Carol o nome dela, não lembro), esta abre as portas e mostra à Bruna um novo mundo. Bruna então cria o blog e começa a contar o seu cotidiano, depois de um tempo ela começa a falar dos clientes, e é aí que a fama dela começa. Os clientes se multiplicam, ela se descobre amada e querida pelos leitores "uma celebridade", ela diz. Nesse novo mundo ela ainda tem como cliente o primeiro, o Hudson, o cara que parece apaixonado por ela, ele a quer pra ele, mas ela escolhe continuar com a vida de clientes vip's e extravagâncias. Depois vem as drogas, Raquel se vicia, perde clientes e decai: se prostitui apenas pra comprar droga: cliente e pó, pó e cliente, cliente e pó, pó e cliente... até a overdose. Depois da overdose o Hudson reaparece, sua redenção e ela diz seu verdadeiro nome pra ele, que até então ela mantia oculto sempre que ele perguntava.

Filmes nacionais tem como característica cenas de sexo, o que eu detesto. Não o sexo, mas a vulgaridade com que ele é mostrado nas produções nacionais. Os filmes estrangeiros são bons até nisso, vide The Last Tango in Paris, Unfaithful e outros. No filme tem muita cena de sexo, quanto mais baixo o nível dos clientes "mais explícito" é o sexo, já com os clientes vip's só vemos close-up's da Débora. O filme tinha tudo pra ser considerado bom - é bom, se você fizer uma análise psicológica e comportamental da Raquel. Se o filme fosse estrangeiro exploraria mais o psicológico, o cenário seria com certeza mais sujo, a decadência da Bruna seria mais dramática, a cidade seria Nova York, Londres ou Berlin e a Bruna seria interpretada pela Natalie Portman ou Evan Rachel Wood. A Débora tava ótima, a trilha sonora e a fotografia também, mas... continuarei evitando filmes nacionais, muito obrigada.



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sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu vou ler...


Eu decidi arquivar os livros que estão "na espera" aqui no blog, só pra eu manter o foco (não me distrair e lembrar que eu tenho realmente o que fazer, haha). Bom, tenho livros na estante que comprei há meses e não tive tempo de ler (Diário de Uma Paixão), tenho livros que comprei há mais de um ano e desisti de ler (um minibox de Aghata Christie) e tenho livro que comecei a ler e não consegui sair da página 90 (Reunião Sombria, Diários do Vampiro 4). 

Tirando Diário de Uma Paixão que eu ganhei em Dezembro, todos foram comprados em Fevereiro e estão "na espera" ansiosíssimos para que eu os leia haha. De baixo pra cima:

Laurentino Gomes - 1808
Harlan Coben - Cilada
Rick Riordan - A Pirâmide Vermelha
Lili St Crow - Strange Angels
Hannah Howell - A Vidente
Nicholas Sparks - Diário de Uma Paixão
José Saramago - A Caverna
Jack Kerouac - On The Road
Douglas Adams - O Guia do Mochileiro das Galáxias
Douglas Adams - O Restaurante no Fim do Universo
Douglas Adams - A vida, o Universo e Tudo Mais
Douglas Adams - Até logo, e Obrigado pelos Peixes
Douglas Adams - Praticamente Inofensiva
Becca Fitzpatrick - Crescendo (já estou lendo, mas ainda não terminei)
Audrey Niffenegger - A Mulher do Viajante no Tempo


Ufa, 15... bom, vou ali terminar Crescendo.

J. R. Ward - Amante Revelado



Demorei um pouquinho pra terminar, é que quando não se tem compromissos a gente acaba se distraindo com muita freqüência. Não gostei muito desse livro não, acho que foi o que eu menos gostei da série até agora. A J. R. Ward é ótima, mas depois do 3º livro se espera que ela mude pelo menos o padrão, mas não, continua a mesma coisa dos outros livros, a única diferença, obviamente, é que um outro casal protagoniza a história: Butch e Marissa.

Adivinha quem eu imaginei como Butch? É, Clive Owen.

Eu detestei Marissa nos outros livros e, agora que pude conhecer mais a personagem passei a compreender o porque dela ser "chata", acho que foi um pré-conceito meu mesmo. Butch eu sempre gostei (pelo que me lembro) e gostei de conhecer mais dele e da sua história. É um livro de ficção e eu tenho plena consciência disso, mas achei fantasioso e fake demais terem transformado Bucth em vampiro, muito sem noção e um pouco sem criatividade por parte da autora, me desapontei um pouco com a Jessica, e sem querer difamar ninguém eu acho que isso não foi idéia dela, deve ter o dedo de algum agente literário ou editor nisso, certeza.

Eu quase parei de ler quando vi que o Sr X não tava morto, sério, uma das coisas que mais amei foi ele ter morrido em Amante Desperto e agora a J. R. Ward o ressucita? Fala sério, eu não agüentei e pulei todas as partes dele - falo mesmo. Eu não tinha me ligado muito em John nos outros livros não, mas agora a história dele me parece bem interessante e não vejo a hora do livro dele chegar, tô bem ansiosa pra transição dele e tenho a impressão de que ele vai ser o novo Hollywood da Irmandade haha. O próximo livro é Amante Liberto e conta a história de Vishous, confesso que eu não gostei, preferiria que fosse o de Phury ou Thor, ou até mesmo John já que ele está perto da transição. Bom, eu acho que o próximo é o de Vishous porque a autora quer dar um final feliz pra ele também, já que a vez de Butch já foi e seria estranho ver V. sem uma fêmea, acho que ele ia continuar tendo alucinações com Bucth hahaha.

A capa é um pouco diferente pessoalmente, o material quero dizer. Eu postei aqui em Dezembro a capa e achei linda quando vi, mas pessoalmente é um pouco estranha, o material é o mesmo de Strange Angels da Lili St. Crow (comprei em Fevereiro, tá na pilha pra eu ler), não gostei muito não. Ficaria melhor se fosse como as outras, só com aquele plástico simples, enfim. Não achei muitas quotes, eu não se eu que estou mais exigente ou se a autora decaiu, mas só achei essas poucas citações interessantes (ou digna de postar):


- Você é meu único amigo. Nunca meu inimigo.

Queria dizer algo inteligente e carinhoso, para começar bem. Mas não sabia o quê.
Por isso, disse com sua típica falta de delicadeza:
- Amo você.

Wrath abriu um amplo sorriso, com as presas muito brancas.
- Como está... primo?
Butch franziu a testa.
- O quê...?
- Você tem um pouco de mim em você, tira - Wrath sorriu ao colocar os óculos de novo. - É claro que eu sempre soube que você era da realeza. Só não sabia que era da parte boa.

O problema era que... era gostoso fazer parte de um grupo. Ele sempre quisera ter amigos. Não muitos. Mas poucas e fortes... amizades.
Daquelas que se podia confiar até a morte. Como Irmãos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Keira Knightley como Anna Karenina? Are you serious?


 Eu fiquei dois dias mais ou menos sem internet  - uma das maldições do carnaval -, e conseqüentemente eu fiquei cega, surda e muda. Estamos tão acostumados com esse meio de comunicação e informação tão incrível, que, dois dias longe dele te faz cego, surdo e mudo: você não vê o mundo, não entende do que as pessoas estão falando e não sabe o que falar. É mais ou menos assim (na verdade pior, bem pior) o meu estado quando fico sem internet. Bom, eis que abro os sites de notícias, fofocas, cinema, variedades e etc. pra me atualizar e me deparo no JustJared: Keira Knightley To Star In 'Anna Karenina'?

Isso é sério? Sério, sério mesmo? Porque eu não tô conseguindo acreditar. E pra me deixar mais louca ainda no post ainda diz que o filme vai ser dirigido por ninguém menos que Joe Wright. E eu pergunto no sotaque britânico mais fofo do mundo: Are you serious? Até agora eu não tô acreditando. Só Deus sabe como eu adoro a Keira e como eu acho a composição e a estética do Joe Wright incrível. Só meus irmãos sabem a quantidade de vezes que assistido Pride and Prejudice e, não muito menos, Atonement.

Parece que são apenas rumores, mas vou torcer muito pra que seja confirmado. Ah, enquanto ao livro eu ainda não o li. Não por falta de vontade, apenas tenho outras prioridades literárias (na verdade, uma pilha de mais de 15 livros desde Fevereiro na minha estante me esperando). Mas antes do filme ser lançado - na última hora como sempre -, eu o lerei.

sábado, 5 de março de 2011

Sam Mendes - Revolutionary Road


Mais uma vez eu me pergunto: por que não vi esse filme antes? Ai ai.

Quando se é jovem nos sentimos a pessoa mais importante e especial do mundo, e quando alguém (o mala) desfaz de algum ato nosso, imediatamente pensamos: você não sabe quem eu sou, o mundo ainda não sabe quem eu sou e do que sou capaz. Isso já aconteceu, acontece e ainda acontecerá com todo mundo. Ou pelo menos àqueles que têm alguma veia artística. Eu não consigo imaginar outros atores senão Kate e Leo para esses personagens, o casal que na minha infância eram as pessoas mais lindas do mundo estavam tão perto e tão distantes da imagem que minha mente hoje ainda infantil tinha. Os olhos eram os mesmos, os de Kate para com Leo pelo menos. Os Wheeler podiam ser qualquer pessoa, as expectativas de April podiam ser de qualquer ser humano que sonha e a "covardia" de Frank foi apenas interpretada errada, ou o meu ponto de vista é outro, acredito que ele foi apenas realista com os fatos, ou April teve a idéia certa na hora errada, não sei.

Em algum momento eu lembrei de American Beauty, a ilusão da casa perfeita + família perfeita tão clichê na idealização dos estadunidenses, digo, é o que vejo na sessão da tarde, as dificuldades que aparecem na vida deles é: o filho que quer que o cachorro durma dentro de casa, ou um agente policial disfarçado de vovó cheinha que "invade" a casa pra descobrir as falcatruas do chefe da família, ou a esposa que gasta dinheiro demais, enfim, o resto é aparentemente perfeito e, assim como American Beauty, Revolutionary Road mostra que um casal jovem e divertido que mora na casa mais perfeita da rua e têm filhos adoráveis não são tão felizes quanto a cultura estadunidense faz parecer que é. A única ponte entre American Beauty e Revolutionary Road é Sam Mendes que, se eu não tivesse pesquisado na wikipédia, diria que a história tinha sido escrita por ele. 

O personagem de Michael Shannon é o mais interessante, é como se ele fosse o grito da consciência do casal, aquela voz que todos nós temos: que nos diz a verdade que sabemos e não queremos ouvir. E por dizer a verdade April e Frank, como qualquer ser humano "normal", se irritam e procuram alguém pra pôr a culpa do fato "por que que as coisas não saem do jeito que eu quero e por que que a minha vida não é de tal jeito?". A pergunta é: Os Wheeler são de fato perfeitos e não conseguem enxergar que eles são tudo aquilo que almejaram ser ou são de fato iguais a todo mundo, não têm nada de especial? 

Não quero falar muito sobre a história, só quero deixar arquivado aqui que senti a mesma coisa quando vi American Beauty: fiquei extasiada, parada vendo os créditos enquanto não pensava em absolutamente nada, na verdade só agora escrevendo é que comecei a refletir, e cara, eu adoro filmes que me deixam em êxtase e depois causam um turbilhão de emoções e uma corrente criativa e reflexiva de pensamentos. Acho que é esse o sentimento que esses dois filmes me causam: correntes de pensamentos reflexivo e criativos. I LOVE IT, LOVE - esse é o John gritando. 

Não tem quotes no fim do post, se houvesse eu tinha que escrever todo o roteiro aqui.


Trailer


sexta-feira, 4 de março de 2011

Trailer - Water for Elephants ²

Trailer nooovo de WFE *-*, muito lindo e me deixou mais ansiosa ainda pro filme. Espero que seja lançamento mundial, os filmes demoram meses pra sair aqui no Brasil. 





Vi muita coisa diferente do livro aí, como assim Marlena e Jacob pulam do trem? E August? Ele não morre? Oh, céus.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Edward Zwick - Love and Other Drugs


O filme não é nada daquilo que a gente vê no trailer, quer dizer, não  é apenas sobre Jake Gyllenhaal ser o pegador e vender viagra - só vi isso no trailer - e, uma moça bonita que por alguma razão cruzou o caminho do gostosão. É mais precisamente sobre o amor, apenas isso: amor e o que nós fazemos em nome do amor. Confesso que eu não sabia que pessoas jovens podiam ter parkinsonismo e foi bom saber, foi bom também ver um filme com público popular abordar essa tema, tenho certeza que eu e outras pessoas sabem bem pouco da doença. Jake Gyllenhaal é tão hot, sexy e cutie *-*, sério, gamo muito nele. E o Jamiecomo namorado é o cara mais fofo do mundo, ele não se importou com a doença da Maggie, fez de tudo pra ajudá-la e no final largou o emprego dos sonhos pra ficar perto dela e até voltou a estudar medicina. Fala sério, tem como não amar? Eu ri muito também quando ele tomou viagra e ficou com o membro duro por horas, o mais engraçado mesmo foi o irmão pegando no pênis dele pensando ser a marcha: choreeei de rir.

Teve muitas quotes boas durante o filme, mas eu tava com preguiça de anotar. Só anotei a última, a mais perfeita.

- Eu me preocupava bastante com o que queria ser quando crescesse. Quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes as coisas que você mais quer não acontecem. E às vezes, as coisas que você jamais esperaria acontecem... você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam. E então encontra uma pessoa e sua vida muda. Para sempre.


Trailer


terça-feira, 1 de março de 2011

Sara Gruen - Água Para Elefantes



Eu sabia que a Sextante ia lançar o livro com a capa do filme devido ao fato do livro estar esgotado desde o início do ano nas livrarias, mas mesmo assim eu comprei porque não estava mais agüentando de curiosidade e ansiedade, fora o desespero de ler logo por causa da estréia do filme. Ai, que livro gostoso de ler, anteontem eu sentei no sofá e li mais de duzentas páginas de uma vez só, terminei ontem chorando e louca pra ver o Rob como o Jacob. Eu não consegui imaginar a Reese como Marlena, pelo menos a caracterização não foi justa, eu imaginei a Marlena bem jovem e fizeram a Marlena parecer um pouco mais madura. Jacob é divertidíssimo, ri muito com ele velhinho. Christoph Waltz é perfeito pra interpretar o August, sério, nunca vi um ator se encaixar tão bem num personagem quanto ele. 

A história é linda de triste, digo isso por Camel e Walter, chorei com eles. Confesso que quando as pessoas diziam que havia uma tragédia na história eu imaginava que o circo pegava fogo e todos, menos Jacob e alguns personagens não tão importantes, morreriam - August e Marlena também, e Rosie. Mas não, Jacob se dá bem no final, ele consegue Marlena, fica com Rosie, vive uma vida feliz, passa mais alguns anos no circo e fim, só se dá mal na velhice e mesmo assim no final ele volta pro circo. Na minha cabeça o circo seria só uma vaga lembrança, algo que tinha acontecido na sua juventude e se tornou uma "história pra contar pros netos". Vendo o trailer, aparentemente ele não está no asilo, então meu palpite é que ele conta o que viveu pro neto ou filho mais velho; acho que ficaria legal se ele contasse pro filho mais velho que ele não era seu pai verdadeiro, e sim August, e nisso mostrasse como conheceu a mãe e tal, porque assim: Jacob não sabia contar desde jovem, porque Marlena não podia estar grávida dele, eles não tinham tanto tempo juntos. Não tem quem me tire da cabeça que aquela criança não seja do August, mas vai saber né.

É lindo, divertido, doce, engraçado... um pouco triste, mas no final vale muito a pena. Fiz 14 marcações, e o que não falta são citações interessantes.


- Eu costumava levar água para os elefantes - diz McGuinty.
- Não, você não levava - digo.
- Como é que é? - diz ele.
- Você não levava água para os elefantes.
- Claro que eu levava.
- Não, não levava.
- Você está me chamando de mentiroso? - diz ele, devagar.
- Se você diz que levava água para os elefantes, sim, estou chamando você de mentiroso.

- Temos talvez um terço da qualidade do Ringling. Você já sabe que Marlena não é nenhuma princesa Romena. E Lucinda? Não chega nem perto dos 400 quilos. Uns 200, no máximo. E você acha mesmo que a tatuagem de Frank Otto foi feita por furiosos caçadores em Bornéu? Claro que não. Ele era um anotador de apostas no Esquadrão Voador, trabalhou nisso por nove anos. E você quer saber o que Tio Al fez quando o hipopótamo morreu? Ele trocou a água do bicho por formol e continuou a exibi-lo. Durante duas semanas viajamos com um hipopótamo em conserva. É tudo ilusão, Jacob, e não há nada de errado nisso. É o que as pessoas querem de nós. É o que elas esperam. 

Mesmo quando olho direto nos olhos leitosos e azuis no espelho, não me encontro mais. Quando deixei de ser eu?

Ela continua a apontar. piscando para mim seus olhos muito próximos um do outro. As feições são côncavas, a cara parece um prato grande com uma franja avermelhada. É a coisa mais terrível e mais bela que já vi.
O orangotango-fêmea envolve a minha mão com seus dedos compridos e depois a solta. Então se senta nas ancas e descasca a laranja.
Olho assombrado. Ela estava me agradecendo.

- Que diabo está acontecendo com vocês esta manhã? Eu devia mandar todos embora. Pete não quer fazer o que tem que fazer e você primeiro desaparece e depois me vem com uma cena romântica entre você e o elefante. Onde está a porra do gancho.

Eu o odeio. Eu o odeio por ele ser tão bruto. Odeio estar submisso a ele. Odeio estar apaixonado por sua mulher e sentir algo muito parecido com isso pela elefanta. E, acima de tudo, odeio ter decepcionado as duas. Não sei se Rosie é inteligente o suficiente para me relacionar ao castigo que recebeu e me pergunto por que não fiz nada para impedi-lo, mas estou relacionado e não fiz nada. 

Quando é que as pessoas vão aprender que, só porque se consegue fabricar alguma coisa, isso não significa que se deva fabricá-la?

- Às vezes, quando envelhecemos, e não estou falando do senhor, estou falando em geral, porque cada um de nós envelhece de modo diferente, as coisas em que pensamos e que desejamos começam a nos parecer reais. E, então, acreditamos nelas, e antes que nos demos conta, elas começam a fazer parte da nossa história, e se alguém discorda de nós, dizendo que essas coisas não são verdade... bem, nós nos sentimos ofendidos. Porque não nos lembramos mais da primeira parte da história. Só sabemos que nos chamaram de mentirosos.

Isso nunca vai acontecer. Ele a ama mais do que a própria vida - claro que ela sabe disso. Ele não entende o que lhe aconteceu. E vai fazer de tudo para que façam as pazes. Ela é uma deusa, uma rainha, e ele é só uma poça de remorsos miserável. Será que ela não vê como ele está arrependido? Ela está querendo torturá-lo? Não tem coração?

- Quando duas pessoas nascem para ficar juntas, elas ficarão juntas. É o destino.

Olho fixamente no olho da elefanta. Rosie, por favor. Entenda o que está acontecendo aqui. Por favor.
- Qual é o nome dela? - pergunta Dick, olhando para mim por sobre o ombro. 
- Gertrudes.

Meu Deus. Não só estou desempregado e sem teto como tenho uma mulher grávida, uma cachorra enlutada, uma elefanta e 11 cavalos para cuidar.

- Foi uma coisa séria, realmente. Lembro como se fosse ontem. Puxa vida! Lembro-me disso até melhor que ontem.

Rick Riordan - Percy Jackson e A Batalha do Labirinto



Foi o que eu menos gostei até agora. Quando li a sinopse e vi que eles iam ter que entrar no labirinto de Dédalo achei o máximo e não via a hora de terminar A Maldição do Titã pra ver como Annabeth, Grover e Percy se sairiam nessa  missão. Me decepcionei um pouco, na verdade essa é uma opinião muito pessoal, veja bem, eu detesto cenas de luta: é uma tortura vê-las em filmes, só com muuito efeito especial pra se tornar “assistível” (ex: HP) e lê-las é mais que uma tortura, é a morte, é morar pra sempre no Tártaro pra mim.  A prova disso é que eu leio livros muito rápido, no máximo dois dias e tô há mais de 3 semanas (ou desde que terminei a Maldição do Titã) enrolando pra ler a Batalha do Labirinto, foi muito difícil terminar.

Eu nem tenho muito que falar sobre o livro já que eu só lia duas páginas por dia e olhe lá, eu mal lembro o que aconteceu. Só lembro que Dédalo teve que se matar pro labirinto ser destruído, Luke não é mais Luke: é Cronos agora. Nico fez as pases com Percy, Rachel teve que ir junto com a trupe pro labirinto, pois eles precisavam de uma mortal pra guiá-los e de certo monstro com 50 mãos. Na verdade isso é muito bizarro, por isso que não saiu da minha memória. Bom, pelo que eu vi o Último Olimpiano vai ser tão torturante pra mim quanto A Batalha do Labirinto foi devido as abomináveis lutas que sei acontecerão. Espero que Annabeth se resolva logo com Percy e que Rick Riordan esteja tão engraçadinho quanto esteve na Maldição do Titã, eu não me lembro de ter rido na Batalha do Labirinto.

Quotes:

- Não seja mal-educado. Os centímanos têm cinqüenta rostos diferentes. 
- Deve ser difícil fazer a foto de fim de ano na escola - eu disse.

- Sim - ela respondeu. - Apresente seu enigma. 
- São vinte enigmas, na verdade! - disse a Esfinge com alegria.
- O quê? Mas antigamente...
- Ah, elevamos nossos padrões! Para passar, você precisa mostrar proficiência em todos os vinte. Não é ótimo? 

- A genialidade não é desculpa para o mal, Percy.
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