domingo, 20 de março de 2011

Lauren Kate - Tormenta


É, eu estava lendo A Vidente, mas aí Tormenta chegou e a minha curiosidade obviamente é maior do que meu bom senso de terminar um livro antes de ler outro. A minha curiosidade é tanta que já estou lendo A Garota da Capa Vermelha sem nem ter voltado a ler A Vidente. Eu leio mesmo o que eu tiver vontade, vai que eu morro amanhã sem saber o que aconteceu com Luce e Daniel? Ou até mesmo Valerie e Peter? Não mesmo.

Bom, eu não gostei muito da editora ter traduzido o título, ficaria muito mais legal se o título original em inglês fosse mantido. A capa é mais linda ainda que Fallen, eu já tinha visto no deviantart da Fernanda, mas nada se compara com essa imagem pessoalmente. MUITO LINDA! Haha, até "as costas" do livro é perfeita, olha:


Parece um sonho. Me lembra Evanescence e, eu acho que é esse o motivo de tantas pessoas detestarem a série e eu amar: o tema gótico. Eu amo história da arte - o estilo gótico é um dos meus preferidos -, assim como amo o Ultra-Romantismo, o tão detestável mal do século que minha adorada professora de português, Eliana Guimarães, detestava - nessas horas eu morro de saudade do colégio, adorava as aulas de português, principalmente no segundo ano. Enfim, Tormenta continua a contar a história de Luce e Daniel, uma humana e um anjo de prestígio caído eternamente amaldiçoados por se amarem. Luce desencarna e reencarna e sempre encontra Daniel, não importa em que tempo e lugar eles estejam, e sempre que eles escolhem ficar juntos, quando se beijam, Luce explode em chamas e morre. E assim acontece há milhares e milhares de encarnações. Sério, tem coisa mais romântica que isso? "Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic." 

Confesso que eu gostava muito mais da Sword & Cross, ou do clima de lá, tinha muito a ver com a história. Mas a Shoreline mostrou o lado cool e clean, a nobreza, dos anjos e decendentes de anjos - mas eu ainda continuo preferindo a Sword & Cross. Eu comecei a gostar mais de Daniel nesse livro, acho que até começo a aceitar um pouco ele como protagonista. Ele lembra muito o Edward, mas sem querer, não achei que foi de propósito da autora, tipo, ele lembra o Edward mas ainda assim é original. É, se o Edward fosse um anjo privilegiado que caiu do céu por amor ele seria o Daniel Grigori. Ele é super protetor com Luce, super intenso com seus sentimentos para com ela, ele tem um olhar diferente pro mundo, bastante maduro, fofo demais, doce, romântico... enfim, ganhei muitos pontos comigo nesse livro. Mas eu não esqueci Cam, não mesmo, ele continua sendo o meu queridinho, o melhor de todos. Ele (Cam) parece muito com Daniel, e meus parabéns à autora, ela realmente fez jus ao que Francesca disse, que anjos e demônios não são tão diferentes assim, eles são face da mesma moeda. Concordo em absoluto com isso, é meio complexo, mas eu entendi de uma maneira que não dá pra explicar (ainda) a conclusão que tirei disso. 

Gostei muito do livro, não consigo entender porque muita gente fala mal dele. Um livro pra mim só é bom quando ele me faz ter sensações - eu sou muito apática e se um livro me faz sentir algo é porque ele é realmente bom.Além das sensações, ele tem que me fazer ficar acordada, não ter vontade de fazer outra coisa se não terminá-lo. Uma história boa é assim, e Tormenta definitivamente não me deixou dormir - literalmente, tive uma quantidade vergonhosa de sonhos com Daniel e Cam matando Párias. 

Fiquei em choque com Shelby e Daniel, assim como Luce eu pensava que sempre só ouve Luce e Daniel (e Cam, obviamente), nunca pensei que mortais, nefilins e outros tipos de anjos e demônios estivessem entre eles. Ri muito com o dia de Ação de Graças, sério, eu nunca tinha rido tanto com um livro.  Os anunciadores me lembraram muito os Dementadores de HP. E Miles, bom, eu gostei de Luce ter beijado ele e Daniel ter visto, um troco por Shelby haha.  Mas eu prefiro o triângulo Cam, Luce e Daniel. Destaquei muitas frases e trechos interessantes, senta que lá vem história:


Mesmo ocupado com algo tão sinistro, Cam era belo. Seus olhos verdes cintilavam e o cabelo escuro fora cortado. Era a trégua; ela sempre trazia um brilho mais intenso aos anjos, uma luminosidade ainda mais forte no rosto e no cabelo e até mesmo uma forma mais bem-feita ao já impecável e musculoso corpo. Dias de trégua faziam pelos anjos o que férias na praia faziam pelos humanos.

Steven se inclinou contra a outra mesa, abriu um pesado fichário de couro marrom, e descansou a caneta sobre os lábios. Para um homem mais velho, era bonito, é claro, mas Luce quase queria que não fosse. Ele a fazia se lembrar de Cam, e em como o charme de um demônio pode ser enganoso.

Seus olhos violeta faiscavam, não de raiva, mas por um desejo intenso. O tipo de olhar que fazia você amar tanto uma pessoa que sentia sua falta mesmo ela estando bem na sua frente. 

Não ventava mais, o ar em torno deles era silencioso e calmo. Os únicos sons eram as asas de Daniel batendo enquanto eles pairavam no céu, e o das batidas de seu coração.
- Momentos como esse - disse ele -, fazem tudo pelo que tivemos de passar valer a pena.

- Às vezes coisas belas entram em nossa vida de repente. Nem sempre podemos compreendê-las, mas temos de confiar nelas. Eu sei que você quer questionar tudo, mas também compensa apenas ter um pouco de fé.

- Vamos apenas aproveitar a genialidade de Woody Allen em silêncio - ordenou Shelby.

- Não vou tomar muito de seu tempo, mas tenho uma pergunta.
Luce esperou que ele fosse lhe perguntar algo profundo, sombrio e importante. Sobre Daniel e Cam, o bem e o mal, o certo e o errado, confiança e traição... Mas tudo o que ele perguntou foi:
- O que você fez com seu cabelo?

- Se vocês duas querem ser tão óbvias, por que não colocam logo camisas indicando Team Daniel e Team Miles?
- A gente podia encomendar algumas - disse Shelby.
- A minha está lavando - devolveu Ariane.

O íntimo jantar de Ação de Graças agora servia doze: quatro pessoas, dois Nefilim, seis anjos caídos (três para cada lado, do Bem e do Mal), e um cão vestido de peru, com a sua tigela de restos sob a mesa.

... um enorme par de asas douradas travessou o suéter de Cashmere cinza. Elas se desenrolaram para trás, ocupando a maior parte da cozinha. As asas de Cam eram tão brilhantes que quase cegavam.
- Que diabos... - sussurrou Callie, piscando.
- Quase isso.

Ele a encontraria?
Sem dúvida.
Ele a salvaria?
Sempre. 


Essa última parte me deixou emocionada, Daniel é muito perfeito. Eu aconselho ler o livro ao som de Evanescence ou We Are The Fallen, ou The Red Jumpsuit Apparatus, essas bandas te farão entrar no clima da história com certeza.

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