sábado, 3 de março de 2012

Stephen Daldry - Extremely Loud and Incredibly Close

Imagem: Google Imagens
Extremely Loud and Incredibly Close
Direção: Stephen Daldry
Roteiro: Eric Roth
Ano: 2011/EUA
Gênero: Drama
Elenco: Tom Hanks, Sandra Bullock, John Goodman, Max von Sydow, James Gandolfini, Jeffrey Wright, Thomas Horn, Adrian Martinez, Zoe Caldwell, Gina Varvaro

Sinopse: Oskar Schell, aos 11 anos de idade, é uma criança excepcional: inventor amador, admirador da cultura francesa, pacifista. Depois de encontrar uma misteriosa chave que pertencia a seu pai, que morreu no World Trade Center no 11/09, ele embarca em uma incrível jornada -- uma urgente e secreta busca por um segredo pelas cinco regiões de Nova York. Enquanto Oskar vaga pela cidade, ele encontra pessoas de topos os tipos, todos sobreviventes em seus próprios caminhos. Por fim, a jornada de Oskar termina onde começou, mas com o consolo da experiência mais humana de todas: o amor.

Foto: Maiara Alves

Opinião: Tão emocionante e tão doce... poderia ser um subtítulo alternativo bastante coerente com o filme. A saudade, a fé e a esperança de ficar perto de quem perdemos faz da busca de Oskar uma aventura mágica e estimulante para os desamparados, onde estes aprendem a “enfrentar seus medos” e não desistir nunca, ir até o fim sempre. Patriotismo à parte, com mais um roteiro sobre o ~tão triste~ 11 de Setembro (como se os estadunidenses não fizessem coisas piores...), Tão Forte e Tão Perto emociona e, assim como Into The Wild, nos faz pensar, entre outras coisas, na importância dos passageiros que sentam ao nosso lado no ônibus da vida, por assim dizer. Naquelas pessoas que passam pouco tempo conosco, mas que marcam como se estivessem o tempo inteiro ao nosso lado.

Não li o livro, mas pelos artigos que li na internet parece ser bastante superior ao filme na narração da aventura de Oskar e do enredo original que compara o 11 de setembro com a outros eventos envolvendo política e morte de inocentes. Não tenho a intenção de lê-lo – nem de rever o filme que me emocionou bastante -, prefiro ficar apenas com as memórias da sala de exibição (a primeira impressão, no mundo mágico do cinema, é a que fica). Oskar Schell é uma criança incrível: doce, meigo, inteligente, engraçado, tem hábitos e manias encantadoras e com certeza não merecia perder o pai (ninguém, eu sei). Depois de nos apaixonarmos pelo garotinho vê-lo sofrer nos faz torcer até o último minuto para que ele encontre o que a bendita chave deixada por seu pai abre, torcemos para que seja algo tão grande e significativo quanto seu amor por ele e que o que esta chave trás possa justificar um pouquinho sua morte.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução

Seria preciso todos os sinônimos da palavra emoção para caracterizar a película. O diretor é quase um sadomasoquista quando nos faz reviver a todo instante, junto com o Oskar, o momento e as lembranças do evento. Talvez seja este o ponto ideológico do filme: as conseqüências nas vidas dos estadunidenses do suposto, ou não, ataque ao World Trade Center. O cinema estadunidense irá (já está!) usar o 11 de setembro, assim como usou a Segunda Guerra e a Guerra Fria (com seus filmes de espionagem: estadunidenses x russos, que vemos até hoje!) para vitimar e inocentar sua imagem.

Patriotismo, política e ideologias à parte a simplicidade do amor paterno, materno e familiar como um todo, e a inocência de uma criança – e uma trilha sonora e fotografia de muito bom gosto – fazem o filme valer a pena, assim como nos mostra que tudo o que precisamos já está ao nosso alcance e que ambições e conquistas materiais não valem nada se não tivermos quem amamos por perto.   

Trailer




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