sábado, 18 de agosto de 2012

José Walter Lima e Carlos Vasconcelos Domingues - Antônio Conselheiro, O Taumaturgo dos Sertões

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Antônio Conselheiro: O Taumaturgo dos Sertões
Direção: José Walter Lima e Carlos Vasconcelos Domingues
Roteiro: José Walter Lima e Carlos Vasconcelos Domingues
Ano: 2012
Gênero: Drama
Elenco: Carlos Petrovich, Harildo Deda, Leonel Nunes, Wilson Melo, Álvaro Guimarães, Chico Drumond

Sinopse: Em 1897, o governo republicano enviou para Canudos três expedições do exército, derrotadas por Antônio Conselheiro. Na quarta expedição, o exército conseguiu exterminar quase toda a comunidade.

Foto: Maiara Alves
Opinião: (...) e ninguém que saber da História da Bahia dizia um homem de meia-idade à sua companheira ao subir pra sala número onze onde, até a última quinta-feira, estava sendo exibido o mais novo filme sobre o massacre de Canudos. O filme em questão quase não parece filme, comparado aos padrões atuais, mas vale o ingresso por contar um dos episódios mais marcantes da História da Bahia e do Brasil e, principalmente, por ter sido exibido em um shopping popular - apesar de não ter tido o mesmo público que o blockbuster exibido na sala ao lado.

Walter Lima e Vasconcelos Domingues conseguiram, com os poucos recursos e com todos os contratempos/problemas/imprevistos, transpôr em imagens uma visão interessante de Os Sertões, de Cunha, do massacre em si e do profeta, do idealizador: Antônio Conselheiro. Na primeira cena, vemos um homem falando eloquentemente sobre o sertão e as condições (a falta de) de vida nele. O interessante é que os diretores conseguiram, aparentemente, mesclar os dois primeiros capítulos de Os Sertões: "a terra" e "o homem"; o dito cujo se camufla na paisagem ilustrando a impressão que tive ao ler o livro, de não saber o quanto a terra interferiu no homem e o homem na terra. A primeira cena ilude quanto ao resto do filme que conta com péssimos atores, péssimo roteiro, péssima edição, defeitos especiais e várias falhas técnicas mas, quando tudo parece ir por água abaixo, uma personagem faz o público rir horrores com uma série de "e eu sei" em plena degolação de prisioneiro por membros do exército do governo.

Mas o bom mesmo, apesar de contar a passagem mais incrível e fascinante da História da Bahia/Brasil, é a imagem granulada e amarelada. A fotografia, em parte, também é interessante e, entre outras coisas que já citei, o filme peca também no figurino incoerente para o contexto e para a situação. Nesse ponto, o filme de Sérgio Rezende (1997) é mais coerente com a verdade. De qualquer forma, como disse, vale a pena conferir pra estimular a produção de filmes regionais sobre história regional, sobre nossa história, e por contar o episódio mais fascinante, incrível e apaixonante da Bahia. 

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução

Trailer

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