Udayan Prasad - The Yellow Handkerchief

I love it. Me surpreendi e por isso gostei, amo quando um filme excede minhas expectativas. Kristen mais magra e mais nova com um tom ruivo lindo no cabelo, mas com os trejeitos de sempre: puxadinha no cabelo, o quase-choro dramático e aquele olhar de drogado. Eu gosto da Kristen e se eu pudesse falar com ela eu diria pra ela estudar e aprender de uma vez por todas que ela não pode interpretar todos os personagens da mesma maneira. Pra não falar todos, ela esteve muito bem em Speak. 

O open credits é apaixonante: as imagens indefinidas e a música me conquistaram totalmente. A estética é muito agradável, amei os tons suaves de azul e um pouco do meu adorável amarelado. A trilha sonora completou o conjunto, gostei muito mesmo. O roteiro é do jeito que eu gosto: drama em relacionamento + pessoas estranhas psicologicamente perturbadas. Qualquer pessoa irá se identificar com algum dos quatro personagens. O título é muito interessante quando você entende o significado, e muito sugestivo porque eu também precisei de um lenço na última cena. 

Brett é um doce, tenho certeza que teria sido um ótimo pai. Gordy é a graça do filme eu ri bastante, ele tem o que eu chamo de "honestidade inocente": aquela pessoa que sem querer fala sempre o que pensa, mas na verdade ela nunca pensa nada de ruim, você pode sempre saber o que se está pensando. Martine seria melhor interpretada por uma outra atriz, eu nem sei o que falar dela, eu vi muito mais da Kristen do que da personagem. May seria uma miss independent (do seu jeito) se não tivesse suas convicções, suas verdades mudadas por Brett - ou não, já que ela abortou. 

O que mais me chamou a atenção mesmo foi o ônibus para New Orleans no início do filme. A primeira vez que ele apareceu o Brett perguntou à garçonete para onde o ônibus ia. Na segunda vez o perde. Na terceira vez o vê bem à sua frente e o deixa passar. Concluí que o ônibus significa oportunidade: você a vê, você a perde e quando você a tem deixa passar. Ou a May. O Brett viu a May, não teve oportunidade de tê-la e depois a teve e deixou passar. Enfim...

A quote mais interessante foi do exótico Gordy:

“Eu nunca me senti parte de nada. Eu sempre me sinto à parte de tudo.”

Trailer