quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

J. R. Ward - Amante Liberto

Foto: Maiara Alves
Lover Unbound
Autor (a): J. R. Ward
Editora Br: Universo dos Livros
Páginas: 525
Gênero: Literatura Estrangeira/Terror

Sobre: Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, a guerra explode entre vampiros e seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. O coração gelado de um predador será aquecido mesmo contra a sua vontade... Destemido e brilhante, Vishous, filho de Bloodletter, possui uma maldição destrutiva e a capacidade assustadora de prever o futuro. Criado no campo de guerra de seu pai, ele sofreu maus tratos e abusos físicos e psicológicos. Membro da Irmandade, ele não se interessa por amor nem emoção, apenas pela batalha com a Sociedade Redutora. Mas quando uma lesão mortal faz com que fique sob os cuidados de uma cirurgiã humana, a Dra. Jane Whitcomb, ele é levado a revelar a dor que esconde e a experimentar o verdadeiro prazer de pela primeira vez... Até que o destino, que V. não escolheu, o leva para um futuro do qual Jane não faz parte.

Opinião: Terminei o livro na segunda-feira (19/12), mas fiquei com preguiça de comentar aqui, até agora foi o livro menos empolgante da série. Em Amante Revelado, o quinto do livro da série da Irmandade da Adaga Negra de J. R. Ward acontece a transição de três dos futuros principais novos guerreiros da irmandade, o ritual do Primaz, mais uma relação entre guerreiro e humana e mais segredos revelados sobre a Virgem Escriba.

J. R. Ward fugiu do seu próprio clichê ao quase excluir os redutores desta parte da história, mas teria ousado positivamente se houvesse de verdade uma história entre Vishous e Butch, seria interessante, pra mim pelo menos que tenho uma idéia apenas midiática de homossexualidade. As mocinhas da autora, graças, não são monótonas, até mesmo Marissa e a fêmea de Rhage, que esqueci o nome agora, têm autonomia e poder efetivo sobre seus machos. É, os vampiros da Jessica Bird são animais por isso são tratados como macho e fêmea, não homem e mulher como comumente acontece em outras séries.

Um dos personagens mais interessantes da série é John que, neste livro, finalmente passa por sua transição e está perto de se tornar um guerreiro. John ainda sente falta de Tohr e Wellsie já que ambos preencheram o espaço de pais na vida dele, Wellsie foi morta por redutores e Tohr não suportando a morte de sua Shellan sumiu no mundo – fala sério, por isso que digo que os animais são racionais, não nós. John ainda tem seus amigos e problemas com Lash, uma amizade promissora com Zsadist e uma atração bizarra pela segurança do ZeroSum.

Phury, irmão gêmeo de Zsadist também tem se mostrado um personagem interessante devido às reviravoltas de suas atitudes que, até então, não condiziam com sua personalidade. Phury manteve o celibato até encontrar seu irmão – que era escravo de sangue – e se apaixonar por sua fêmea que está lutando para sobreviver à gravidez. Devido ao grande número de redutores e a escassez de guerreiros pra combatê-los a Virgem Escriba decide que seu filho, Vishous, seja o primaz e reproduza guerreiros junto com as Escolhidas No Outro Lado. Depois de muitos acontecimentos, Phury se oferece como Primaz para não mais ter que conviver com Bella e Zsadist e tentar seguir em frente. Bom, não foi mostrado quase nada do ritual e fiquei pensando como Cormia - que acredito ser a fêmea de Phury - vai lidar com as outras Escolhidas e esse monte de criança, tô ansiosa pra ler Amante Consagrado e ver o que acontecerá com eles.

Este livro não empolgou porque nos outros, pelo menos, houve um enfoque maior no “casal da vez” e neste a autora foi remendando histórias pendentes de outros personagens que acabou por misturar as histórias, fazendo de Jane e Vishous apenas uma das várias histórias contadas e Amante Liberto uma continuação de Amante Desperto e Amante Revelado. Geralmente sou bem holística com as coisas, mas acho que esta série em especial tem que haver rupturas de personagens pra ficarem coerentes com os títulos, as histórias devem ser contadas separadamente dentro do grande conflito da história que, no caso, seria a luta da sobrevivência da raça contra os redutores e a história ainda não contada, em detalhes, da criação de Ômega e da Virgem escriba. 


Quotes

- Os destinos não são escolhidos, eles são cumpridos...
 (pág 51)

- Você é abençoado, não amaldiçoado.
- É mesmo? Experimente viver assim.
- Poder exige sacrifício.

(pág 53)

 No tabuleiro de xadrez de sua miserável vida, as peças estavam alinhadas, a partida havia sido reorganizada. Cara, quantas vezes na vida não conseguimos definir nosso caminho porque ele é decidido sem que possamos escolher?
O livre-arbítrio realmente era história para boi dormir.

(pág 81)

- Ele disse que a esposa dele ficou feliz em vê-lo quando acordou. Sarah está lhe preparando uma canja de galinha.
- Ótimo. Ele precisa de um tempo de descanso. Pena que não vai aproveitá-lo.
- Sim. Ele disse que ela o faria assistir a todos os filmes românticos que eles perderam nos últimos seis meses.
Jane riu.
- Isso vai deixá-lo mais doente.

(pág 88 e 89)

Ele gostaria de ser nobre o suficiente para dizer que se sentia grato por ter conhecido Tohr e Wellsie, mas era mentira. Desejava que nunca os tivesse conhecido. Tê-los perdido era muito mais doloroso do que sentia antes, quando era sozinho.

(pág 121)

- Você acha que ela vai querer ajudá-lo depois de tê-la seqüestrado? O juramento de Hipócrates não cobre essa parte.

(pág 131)

Sim, tudo bem, talvez ela o observasse por um motivo que ia além da vontade de impedir que ele ateasse fogo ao carpete e se queimasse junto: suas costas eram maravilhosas, os músculos grandes, mas ainda assim elegantes, espalhando-se pelos ombros e na extensão de sua coluna. E suas nádegas eram...
Jane cobriu os olhos e só abaixou a mão quando a porta fechou. Depois de tantos anos de medicina e cirurgia, ela conhecia bem a parte do juramento de Hipócrates que diz “não vou flertar com os pacientes”. Principalmente se o paciente em questão for seu seqüestrador. Deus. Ela estava realmente vivendo aquilo?

(pág 183)
- Não quero que você chegue perto desta minha mão. Mesmo que esteja com a luva.
- Por que?...
- Não vou falar sobre isso. Por isso não pergunte.
Ceeerto.
- Ela quase matou uma de minhas enfermeiras, sabia?
- Não me surpreenderia. – Ele olhou para a luva. – Eu a cortaria fora se pudesse.
- Não aconselho isso.
- É claro que não. Você não sabe como é viver com este pesadeloo na ponta do braço.
- Não, quero dizer que eu pediria a outra pessoa que cortasse, se eu fosse você. Assim fica fácil fazer o serviço.

(pág 186)

- Fique bem, Bella.
Quando ele se virou, ela segurou sua mão.
- Obrigada. Por não ter ficado chateado comigo.
Por um momento, ele fingiu que aquele bebê era seu e que ele podia abraçá-la, acompanhá-la ao médico e cuidar dela.

(pág 196)

- Ainda bem que não é um torcedor dos Yankees.
- Não diga essa palavra. Estamos na presença de damas.

(pág 214)

- Não, porque não importa para mim o que você é. Estou contigo independente de você gostar de macho, fêmea ou os dois.
V. olhou nos olhos do melhor amigo e percebeu ... sim, ele não o julgaria. Eles se entendiam independentemente de qualquer outra coisa.
(...)
- Como eu disse, meu amigo, não importa. Você e eu, a mesma coisa de sempre independentemente do que me disser. Mas... se você curtir também uns animais, aí sim vai ser difícil. Não sei se consigo lidar com isso.

(pág 226)

- Você teria sido uma grande guerreira, sabia?
- Eu sou... a morte é minha inimiga.
- Sim, eu sei. – Deus, fazia muito sentido o fato de ele ter se aproximado dela. Jane era uma guerreira... como ele. – Seu bisturi é a sua adaga.
- Sim.

(pág 279)

- Não quero que você vá – ela sussurrou, com lágrimas embargadas.
Ele colocou a mão sem luva no rosto dela e sentiu a maciez e o calor de sua pele. Sabia que quando saísse dali, deixaria seu coração com ela. Sim, algo bateria atrás de suas costelas para manter o sangue em circulação, mas seria apenas uma função mecânica a partir daquele momento.
(...)
- Eu te amo. E vou continuar amando mesmo depois de você não saber que eu existo.

(pág 342 e 343)

- Não me importa que você estava armado. Na verdade, quero que você sempre carregue uma arma quando for ao ZeroSum.
John olhou para o irmão, assustado. Mas é contra as regras.
- Tenho cara de quem se preocupa com essas drogas?
John esboçou um sorriso. Não muito.

(pág 349)

- Um livro fechado não altera a tinta em suas páginas. O que é, é.

(pág 363)

- Estava? Estava? Meu Deus, não acredito que você não me quer mais! – Ele jogou um braço diante dos olhos, fazendo drama. – Meus sonhos para o nosso futuro acabam de ser arruinados...
- Para com isso, tira.
Butch olhou por cima do braço.
- está brincando? O reality show que planejei seria fantástico. Duas mordidas são melhores que uma. Íamos ganhar milhões.
- Caramba, cala a boca...

(pág 383 e 384)

Assim que ele saísse, iria para a casa de Jane e faria coisas românticas. Ainda não sabia o quê, talvez levasse flores ou qualquer outra coisa. Bem, as flores a instalação do sistema de segurança. Afinal, nada demonstrava mais amor do que uma parafernália de detectores de movimentos.

(pág 459)

Abrir mão era aceitar o que não podia ser mudado. Você não pode se segurar na esperança de que algo mudará os acontecimentos... também não deve lutar contra as forças superiores do destino para tentar moldá-las ao seu desejo... e nem implorar por salvação por achar que sabe como as coisas podem ficar melhores. Abrir mão significa olhar o que está na sua frente com olhos lúcidos, reconhecendo que a livre escolha é a exceção, e o destino, a regra.

(pág 491)

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