Imagem: Google Imagens/Reprodução |
Midnight in Paris
Direção: Woody Allen
Ano: 2011/ Espanha-EUA
Gênero: Comédia
Elenco: Kathy Bates, Adrien Brody, Carla Bruni, Marion Cotillard, Rachel McAdams, Michael Sheen, Owen Wilson
Sinopse: Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.
Opinião: A primeira impressão que tive nos primeiros minutos do filme em que as mais bonitas ruas, cafés, avenidas e cartões postais de Paris bem fotografadas, foi do Allen ter forçado a barra ao tentar transformar a capital francesa em algo mágico, lúdico, único. A cidade é linda e tudo mais, mas não acho que seja isso tudo que o filme tenta nos passar. O Brasil, por exemplo, tem cidades muito mais bonitas, ou melhor, já que os últimos trabalhos do diretor têm tido como foco a Europa eu preferiria Lisboa ou Amsterdã Van Gogh, ai ai *.* pra exaltar.
Não sabia que a sensação (e a vontade) que algumas pessoas têm de ter nascido em outra época se chamava Complexo de Idade do Ouro. Sempre tive essa sensação e imagino que quem a tenha, assim como eu, talvez ainda não tenha parado pra pensar que o bom mesmo é estarmos no presente, pois assim podemos contemplar todas as Idades de Ouro, e não nos restringirmos a determinadas épocas. No meu caso em particular, como sou meio antropófaga cultural, acho ideal criar um universo paralelo usando o que essas sociedades da Idade do Ouro têm de melhor. Em suma, Idade do Ouro como o filme mostrou é bem subjetivo, o Gil voltou pra Paris dos anos 1920 e nesta a Adriana considerava sua Idade do Ouro a Belle Époque, na Belle Époque os grandes artistas consideraram como Idade do Ouro o Renascimento, enfim, um ciclo sem fim(?).
Foto: Maiara Alves |
Gostei muito da fotografia e a única coisa que explica, no momento, o principal pôster do filme é o tom amarelado do filme. Adoro Van Gogh, muito. A trilha sonora muito charmosa não conseguiu me vender Paris, acho que só compraria a Paris de Jean-Pierre Jeunet (vou começar a estudar a Nouvelle Vague por causa da minha pesquisa relacionada com o Cinema Novo, é bem provável que algum de seus cineastas consigam me vender).
Minha má impressão do início do filme se desfez quando o Woody Allen consegue, contra a minha vontade, me convencer que não há nada no universo como Paris nos anos 1920 - ou quase – quando o Gil, onde quer que vá depois da Meia Noite encontra os maiores gênios da arte da época: pintores, escritores, cantores, cineastas. Seria maravilhoso, mas se fosse pra voltar no tempo e encontrar grandes pensadores preferiria Londres no século XIX: Darwin, Marx, Wilde, Engels, e tantos outros. O filme é divertido, mas Whatever Works é muito mais. É bom, mas do diretor Match Point é mais.
Quotes
“A nostalgia é a negação do doloroso tempo presente.”
“Por que eu leria uma biografia de Rodin?”
“Nenhum tópico é horrível se a história é verdadeira.”“Você teve medo?”“De quê?”“De ser morto.”“Você não escreve bem se tiver medo de morrer.”
“Ah sim. Aqui está um soberbo Picasso. Se bem me lembro ele pintou este retrato maravilhoso de sua amante francesa Madeleine nos anos 1920.”“Paul, eu tenho que discordar de você neste quadro.”“É mesmo?”“Gil preste atenção, você pode aprender alguma coisa.”“Se não me engano, este foi uma tentativa frustrada de capturar uma mulher francesa chamada Adriana, de Bordeaux, salvo engano. Que veio à Paris estudar figurino para teatro. E eu tenho certeza que ela teve um caso com Modigliani em seguida com Braque, que foi como Picasso a conheceu. É claro que este retrato não dá a sutileza de sua beleza. Ela era de tirar o fôlego.”“O que você andou fumando?”“Eu dificilmente chamaria isso de maravilhoso, é sim uma declaração pequeno burguesa de como Picasso a vê, via.Ele foi distraído pelo fato de que ela era um vulcão em erupção.”
“Você habita dois mundos. Não vejo nada de estranho.”“Sim, vocês são surrealistas, mas eu sou um cara normal.”(...)“Um homem apaixonado por uma mulher de uma era diferente. Eu vejo uma foto”“Eu vejo um filme.”“Eu vejo um problema insolúvel.”“Eu vejo... um rinoceronte.”
Trailer
Preciso ver e depois desses Quotes mais ainda...
ResponderExcluircheiro ;)
Também preciso ver esse filme. Eu também sou grato a Deus por viver nesse tempo, o nosso século XXI. Eu posso viajar pela Idade do Ouro através de um livro, por exemplo.
ResponderExcluirGosto muito dos filmes com o Owen Wilson! Ele é um ótimo ator, e muito engraçado.