domingo, 18 de dezembro de 2011

Pedro Almodóvar - La Piel que Habito

Imagem: Google Imagens/Reprodução
La Piel que Habito
Direção: Pedro Almodóvar
Ano: 2011/Espanha
Gênero: Terror
Elenco: Antonio banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Roberto Álamo

Sinopse: Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez). Ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro e, ao ver sua imagem refletida na janela, se suicidou. O médico de Norma acredita que esteja na hora dela tentar a socialização com outras pessoas e, com isso, incentiva que Roberto a leve para sair. Pai e filha vão juntos a um casamento, onde ela conhece Vicente (Jan Cornet). Eles vão até o jardim da mansão, onde Vicente a estupra. A situação gera um grande trauma em Norma, que passa a acreditar que seu pai a violentou, já que foi ele quem a encontrou desacordada. A partir de então Roberto elabora um plano para se vingar do estuprador.

Opinião: Caramba. Nunca vi nada igual - e acho que nunca verei na verdade -, eu simplesmente necessito ler a obra do Thierry Jonquet que inspirou o filme para que nos detalhes que só a literatura possui tentar entender melhor a história. É bizarro, as imagens são lindas, a trilha perfeita e se um dia eu conseguir publicar alguma coisa só aceito uma versão cinematográfica do Almodóvar, ele é demais!

Confesso que entendi pouca coisa e não me arrisco a falar sobre o filme, realmente não tenho bagagem, ainda, para entender e comentar efetivamente. Na verdade não quero entender, acho que é um filme pra vermos regularmente ao longo da vida e, dentro de determinados contextos pessoais, interpretá-lo como quisermos de acordo com nossas emoções. Emoção na verdade é o que o diretor desperta, mesmo quando eu não entendemos, efetivamente, a história.

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução

Me arrisco a falar, pouco e superficialmente, do psicológico do Vicente/Vera e do Roberto. Depois da morte de sua esposa, das tentativas de construir uma pele perfeita, do estupro e assassinato de sua filha, do seqüestro de Vicente e das cirurgias plásticas no próprio, o médico talvez tenha passado a ter relações e certa obsessão pela então Vera devido à imagem, por viver de imagem por causa de sua profissão. O Vicente talvez tenha parcialmente aceitado sua nova condição porque não tinha escolha (óbvio) e/ou a repetição constante em sua mente da sua imagem transformada o tenha feito aceitar e ajudado também na mudança psicológica – sim, acredito que ele mudou psicologicamente. É como se aceitássemos algo, por repetição constante, que nos é imposto. 

Foto: Maiara Alves

É muito difícil falar alguma coisa do filme sem falar besteira, mas me comprometo a rever periodicamente e assim, a cada vez, enxergar algo que antes não tenha visto. Sempre digo que a única coisa importante ao vermos um filme, uma imagem qualquer, ler um livro ou qualquer outra manifestação artística é a emoção que a obra nos desperta, não importa se a análise estilística for um fracasso, o importante é o receptor sentir algo, negativo ou positivo. Acho meio difícil, qualquer manifestação artística, a pessoas sensíveis, desperta algo e essa é a verdadeira beleza da arte.   

Quote 
 "O ópio me ajuda a esquecer."  
Fiquei tão presa ao filme que não prestei muita atenção nos diálogos. A única frase, hoje, que se fez notar foi esta.




Trailer


2 comentários:

  1. Acabo de ver essa película de Almodovar. Posso dizer que, apesar de não ser dos melhores filmes dele, me deixou profundamente afetado sentimentalmente. Pedaços de mim ficaram largados pelo quarto ao término do filme os quais provavelmente não voltarei a recuperar. Minha alma não será mais a mesma.

    ResponderExcluir
  2. Sinto a mesma coisa em todos os filmes dele (:

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...