sexta-feira, 1 de junho de 2012

James McTiegue - The Raven

Imagem: Reprodução




The Raven
Direção: James McTiegue
Roteiro: Ben Livingston, Hannah Shakespeare
Ano: 2012/EUA
Gênero: Suspense
Elenco: John Cusack, Alice Eve, Luke Evans, Brendan Gleeson, Kevin McNally

Sinopse: O escritor Edgar Allan Poe está na caça de um assasino serial que imita os crimes de seus contos e ainda sequestrou sua noiva Emily. Para ajudá-lo na investigação, o detetive Emmet assume o caso e pretende dar um fim aos terríveis assassinatos, que são seguidos de charadas criadas pelo criminoso que desafia a inteligência do autor num jogo de gato e rato.

Foto: Maiara Alves
Opinião: The Raven é cinema e literatura, minhas paixões juntas e com certeza o teria aproveitado melhor se estivesse estudando Letras, mas valeu muito a pena ver Cusack nos lindos trajes masculinos da primeira metade do século XIX. Fazia mais de um mês que não ia ao cinema, estava enlouquecendo todo esse tempo estudando e na última quarta-feira, 30 de Maio, filei aula de Hist. Medieval pra vê-lo e prometi a mim mesma não me dedicar tanto aos estudos no próximo semestre (como se eu não aprendesse nada nos filmes haha).

Não via tanto sangue no cinema desde O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (T. Burton), não gosto de ver sangue espirrando nem qualquer tipo de tortura física - apesar de gostar muito dos filmes de Tarantino, por exemplo, e de ser um pouquinho masoquista (gosto da dor em mim, não nos outros #estranha). Todo esse sangue, torturas e mortes "criativas" são realizadas por um fã, no mínimo, muito excêntrico de Poe que demonstra sua admiração pelo escritor pondo em prática suas histórias de terror. Não conheço as obras de Poe, só O Corvo mesmo que está presente em todos os livros didáticos de Língua Portuguesa e talvez por isso minha opinião sobre o filme seja bem limitada (apesar de o filme ter que falar por si...).

O auge da minha vida "cinéfila" há um pouco mais de quatro anos estava centrada em Tim Burton, em cenários sombrios e muitas caveirinhas, ainda gosto bastante do seu estilo, mas o drama acabou tornando-se meu preferido. The Raven não possui uma fotografia com cores mortas e escuras quanto as dos filmes de Burton, mas talvez seja tão sombria quanto com os constantes dias nublados e as mortes bizarras (tem até um baile de máscara com luzes amareladas assim como as do Barbeiro Demoníaco...). Não sei até que ponto o Poe do filme é fiel ao original, mas a proposta para a causa da sua misteriosa (dizem) morte o é: a idéia de Poe ter morrido por causa de sua obra é incrível devido à grandiosidade do escritor.

Imagem: Google Imagens/Reprodução

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Imagem: Google Imagens/Reprodução
Entre outras coisas, o melhor do filme e no que se resume: a morte de Poe. É a primeira cena: Poe sentado delirando num banco pouco antes de morrer. O resto conta o que teria causado sua morte que, no caso, foi uma troca da sua vida pela de uma jovem que teria morrido por sua causa. Me arrisco a escrever algumas crônicas literárias (não saem do editor de texto, obviamente), e a sensação que tenho é que as personagens realmente existem e que não os crio, eles só existem através de mim; muitos escritores, como Jorge Amado por exemplo, têm esta mesma sensação. A idéia de Edgar Allan Poe ter morrido envolto e por causa das suas personagens é incrível e, por agora, o único motivo pelo qual o recomendaria: a criativa idéia da causa da morte de um dos maiores escritores do mundo. 

Considero interessante também a relação do fã, o causador de todas as mortes e torturas baseadas nas histórias de Poe, com o autor e as sensações do autor ao vê-las. No filme, Edgar Allan Poe ao escrever suas histórias não imaginaria que influenciaria e, literalmente criaria, uma personagem real tal qual os são nas palavras. O diálogo no final ilustra bem esta idéia e talvez tenha sido por isso que o roteiro de Ben Livingston e Hannah Shakespeare tenha sido posto em prática. O recomendaria somente por estas idéias. As mortes baseadas nas histórias de Poe, a decadência profissional do fim da vida de sua vida com bebidas e dívidas, a busca pela mocinha em perigo, as piadas de Poe são irrelevantes mediante a isto.


Trailer


2 comentários:

  1. Parece ser um bom filme. Que bom ler novamente seus post, gosto muito.
    Realmente a cada etapa de estudos em que agente entra, mais complicado e curto fica o nosso tempo se você quer realmente estudar para passar. Mas no final dizem que vale a pena.
    Gostei da "homenagem" que você fez ao tirar a foto do ingresso por cima do A Mulher do Viajante do Tempo. Tive a oportunidade de comprar um livro, mas deixei esse como segunda opção; agora é esperar ter mais dinheiro kkk.
    Tudo de bom pra você! Deus te abençoe :-D

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  2. Muito obrigada querido (:

    Realmente, os estudos têm que ter prioridade nas nossas vidas e com certeza valerá muito a pena.

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