quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hannah Howell - A Vidente


Estamos no século XVIII, na Inglaterra georgina... bastou eu ler isso na sinopse e ver o laço fofo que fecha o livro pra eu comprar e morrer de vontade de ler - e futuramente me decepcionar. Jane Austen, Brontë e inúmeros outros autores e filmes têm como o interior da Inglaterra os cenários perfeitos para as suas trágicas, doces e perfeitas histórias de amor, luta, coragem, vingança, etc. É claro que, quando você estuda História, você vê que a era medieval e todos os anos em que se passam as nossas histórias preferidas não são tão românticos como autores, diretores e roteiristas fazem parecer. Na verdade os nossos mocinhos - e vilões - queridos não fazem uma boa higiene pessoal e possuem hábitos estranhos e nojentos desde a antiguidade até o dia de hoje, certo Mr Pattinson e Brit Pack? Então é bom nos contentarmos com os homens daqui e pararmos de sonhar com Mr Darcy, Heathcliff e companhia limitada. 

Esse é o primeiro livro da Hannah Howell que leio, na orelha do livro consta que ela possue diversos best-sellers dentre os mais de 20 livros publicados e, longe de mim julgar, mas como ela conseguiu isso? Na orelha ainda diz "uma história eletrizante que combina suspense e romance até as últimas páginas." Como? O desfecho é revelado antes dos fatos acontecerem, a narrativa é muita lenta e desnecessariamente detalhada e Chloe é tão insuportavelmente perfeita que me dá náuseas, ela é tipo Paulina sabe? A "mulher ideal", e Beatrice que tinha tudo pra ser uma boa Paola não tem suas maldades descritas como todo bom autor faz com seus vilões. O clímax mais chato do que final de novela, todo mundo sabia que Arthur ia acabar morrendo e Chloe, Julian e Anthony viveriam felizes para sempre, como coelhos. WTF? "como coelhos"? Quem fala assim? Leo foi o único personagem digno do livro, ou o menos chato, como preferir.   

Bom, a sinopse e a capa me enganaram muito, e só por causa da criatividade da editora de ter feito uma capa decente pra esse livro de banca não vou considerá-lo o pior dos piores. Repito, só por causa da capa e do laço fofo:


As poucas quotes, na verdade eu ainda não acredito que consegui achar alguma citação que valesse a pena  destacar:

- Eu sempre soube que estávamos certas, que era o destino e que não poderíamos mudá-lo por nada. Sentirei a sua falta, mas, de verdade, não sofra por mim. Eu estarei feliz.
(pág 7)

- Você disse que eu tinha um muro muito forte, impossível de transpor. 
- Às vezes até mesmo os muros mais intransponíveis acabam mostrando algumas rachaduras. Uma fenda nas defesas.
(pág 53)

s vezes o melhor é muito irritante.
(pág 76)

- Por que eu deveria dar uma resposta sem nunca ter ouvido uma pergunta?
(pág 100)


É, não devemos nunca julgar um livro pela capa só porque é bonita não significa que o conteúdo seja bom, e isso vale na vida também.

Um comentário:

  1. É o que eu sempre digo: O livro não é feito da capa.
    Bom, mabbee, o novo template do blog está incrível, adorei de verdade. E finalmente vou poder comentar!
    Não se ausente nunca do blog, porque eu sempre vou ficar esperando um novo post :) Beeijo*

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...